A pesquisa trata sobre os 10 anos da prática sistematizada de Esportes Gerontológicos por idosos acadêmicos do Programa Idoso Feliz Participa Sempre da Universidade Federal do Amazonas- UFAM. Sendo tal prática, produto de todo um processo educacional desenvolvido sistematicamente durante uma década (1996-2006), tendo como geradora a Instituição Educacional UFAM, que especificamente neste contexto, conseguiu exceder seus muros e enraizou-se na sociedade amazonense. Para a recuperação histórica da trajetória desta década, buscamos informes em Puga Barbosa, por ser a idealizadora dos Esportes Gerontológicos, que se originam dos esportes tradicionais, mas, com característica de suportar numa versão participar, considerando o aspecto competitivo, mesmo que suave. Por tanto o objetivo central da pesquisa foi verificar como a prática dos Esportes Gerontológicos modificaram o cotidiano de idosos em uma década de participação nesses esportes. A realização da pesquisa deu-se durante os Jogos da Amizade Experiente - JAE, sendo sujeitos do estudo 22 idosos (gerontoatletas) de ambos os gêneros. A relevância do estudo será atribuída à necessidade de mostrarmos a sociedade como o esporte pode contribuir eficazmente na melhoria dos aspectos biopsicossociais de pessoas em fase de envelhecimento.

Para entendermos como os Esportes Gerontológicos poderiam modificar o cotidiano de gerontoatletas, realizamos uma pesquisa de campo durante três dias de competição dos VII Jogos da Amizade Experiente – JAE, tendo como instrumento de pesquisa um questionário constando de 4 perguntas abertas de cunho qualitativo e quantitativo com  22 gerontoatletas na faixa etária entre 50 e 74 anos, sendo 9 do gênero  masculino e 13 do feminino, todos acadêmicos participantes do Programa Idoso Feliz Participa Sempre que estão inserido no programa durante uma década. A coleta dos dados foi efetivada pela própria pesquisadora de forma individual e em ambiente apropriado, de modo a deixar o participante a vontade para responder ou não as questões contidas no instrumento citado, os dados obtidos foram todos transcritos para o editor de texto Word e tratado também através de estatística descritiva

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Os resultados demonstraram uma explícita modificação no cotidiano dos gerontoatletas através da prática dos esportes Gerontológicos, pois pessoas que não praticavam esportes em outras épocas de suas vidas aderiram ao esporte adaptados a sua faixa etária e as sua limitações tendo sido constatado que 50% entrevistados já haviam praticado algum tipo de esporte em outro momento de sua vida e outros 50% nunca haviam praticado. Ao aferirmos sobre o significado de ser gerontoatletas obtivemos dos sujeitos uma freqüência de repostas que apontaram o competir e o superar limites (9,1%); melhoria da saúde e fazer exercício (41%); aprender as regras dos jogos (13,6%) ganhar premiação e se divertir (13,6%); participar e fazer amizade melhoria da  qualidade de vida (41%). No olhar do idoso com relação ao significado das competições apontamos o prazer do lúdico, do lazer e na utilização construtiva do tempo livre.

Com a efetivação da pesquisa, verificamos que a prática dos Esportes Gerontológicos por esta população, contribuiu de maneira positiva para mudanças no cotidiano de idosos participantes do Programa da UFAM. Pois foi através dos esportes que se explicitou o desenvolvimento de uma formação educativa, cultural e social, que respeita regras colocando-as em prática, mas, que também está voltado para resultados de satisfação pessoal em se perceber capaz dentro de suas limitações, com o vislumbre de aumento de trocas de vivencias, mesmo tendo como resultado de sua participação o perder ou o ganhar se explicitando a importância de está inserido na atividade. E isto, certamente auxiliará na formação de um idoso vivenciando seu tempo disponível na forma mais positiva, por processo de desenvolvimento integral do qual amplia o conhecimento de si próprio, e das relações com a vida e com o meio social tendo como resultado um movimento dinâmico em seu cotidiano através da prática dos Esportes Gerontológicos. E, ainda apontamos para a necessidade do fomento de mais pesquisas neste campo de investigação com intuito de melhorar a qualidade de vida de idosos em nosso país e principalmente no estado do Amazonas.