61ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
ANÁLISE QUALITATIVA DAS PRAÇAS PÚBLICA DA CIDADE DE BRAGANÇA, PARÁ.
Rogério Brito de Lima 1
Edna Santos de Souza 1
Ana Caroline Brito da Silva 1
Hélia Felix de Moura 1
Maristela Marques da Silva 2
1. Discentes do Curso de Agronomia Universidade Federal Pará–Campus de Altamir
2. Docente pesquisadora da Universidade Federal do Pará – Campus de Altamira
INTRODUÇÃO:

As áreas verdes urbanas contribuem grandemente para a qualidade de vida nas cidades, pois valoriza o ambiente e a estética e cria um espaço de recreação e lazer de uso coletivo, a qualidade de vida urbana está diretamente relacionada com a preservação dos elementos naturais ainda existentes no meio urbano. As áreas verdes são de fundamental importância para garantir e melhorar o conforto e bem-estar dos citadinos. Embora quase todas as cidades brasileiras apresentem praças, parques e outras áreas destinadas a momentos de lazer, são poucas que têm espaços organizados que permitem o uso coletivo, pois durante o surgimento dessas áreas não é levado em consideração o desejo dos habitantes segundo níveis socioeconômicos, socioculturais e etários; a freqüência previsível ou constatada de usuário; e os custos de implantação e manutenção dessas áreas, tornando-as muitas vezes com o passar do tempo em um ambiente marginalizado e impróprio para o uso coletivo. Este trabalho tem por objetivo a análise quali-quantitativo das praças públicas do município de Bragança - PA, caracterizando-as segundo a vegetação arbórea e benfeitorias que apresentam como os aspectos físicos do mobiliário; presença e tipo da área de recreação infantil e esportiva.

METODOLOGIA:

O estudo foi realizado em janeiro de 2009 no município de Bragança localizado na região nordeste do Estado do Pará, os dados foram coletados em seis praças da cidade, com informações pertinentes ao número e orientação das praças, área, classificação, nome e localização. Posteriormente objetivando qualificar e quantificar a situação das praças foram realizadas observações em campo, com a aplicação de um formulário com questões relativas aos aspectos físicos e sanitários da vegetação, presença de área de recreação infantil, e o tipo área esportiva existente, presença de mobiliário e suas condições, quantidade de árvores e as espécies existentes. Tais procedimentos tiveram o propósito de verificar a compatibilização das árvores em sua interação com o espaço construído. Assim, para cada uma das áreas amostradas, os dados foram coletados em formulário específico.

RESULTADOS:
Através da pesquisa constatou que 100% das praças foram consideradas urbanizadas e higienizadas, com presença de lixeiras, gramas e equipadas para o lazer com traçados definidos e dotados de vegetação, estando aptas para o uso coletivo. Nas seis praças pesquisadas há 129 plantas distribuídas em 24 espécies diferente divididas em 11 famílias, com uma média de 21,5 árvores por praça, com espaço médio para cada planta de 246,4m2 o que evidencia uma baixa distribuição de espécies nas seis praças analisadas. Constataram-se três áreas de recreação infantil facilitando utilização destas por crianças, que ainda não têm condições de praticar esportes. Em 16,6% delas observaram-se áreas esportivas sendo caracterizadas principalmente por quadras poliesportiva. Em relação aos aspectos físicos e sanitários da vegetação, 70% apresentaram árvores em boas condições fitossanitário, não precisando de nenhum tipo de poda ou intervenção. A fiação aérea é subterrâneo o que facilita o desenvolvimento de espécies de grande porte, pois não compete pelo mesmo espaço. Em relação às raízes 17,05% das plantas apresentam em condições superficiais causando danos para o pavimento provocando rachaduras e quebras, devido ao crescimento das raízes laterais, não sendo indicada para plantio nesse tipo de ambiente.
CONCLUSÃO:

Todas as praças da cidade foram consideradas urbanizadas e higienizadas estando aptas para uso coletivo, com traçados bem definidos e dotados de vegetação, podendo ser considerada pela população local como área verde. As áreas de recreação infantil e esportiva esta restrita a 16,6% das praças pesquisadas o que pode evidenciar o descaso do poder público em relação às opções de lazer para a população de menor poder aquisitivo.  Em relação aos aspectos físicos e sanitários das plantas, 17,05% apresenta raízes superficiais causando danos aos imobiliários, pavimento e dificultando o acesso dessas áreas por crianças e idosos o que evidencia a falta de planejamento na escolha das espécies a serem plantadas.

Palavras-chave: Vegetação urbana, Praças, Bragança.