61ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 7. Planejamento Urbano e Regional - 4. Planejamento Urbano e Regional
ANÁLISE QUALITATIVA DAS PRAÇAS PÚBLICA DA CIDADE DE ALTAMIRA, PARÁ.
Rogério Brito de Lima 1
Edna Santos de Souza 1
Ana Caroline Brito da Silva 1
Roberta Rowsy Amorim de Castro 1
Maristela Marques da Silva 2
1. Discentes do Curso de Agronomia Universidade Federal Pará–Campus de Altamir
2. Docente pesquisadora da Universidade Federal do Pará – Campus de Altamira
INTRODUÇÃO:
A presença do verde (praças e jardins) em especial o de hábito arbóreo, nos centros urbanos é de fundamental importância, pois estas apresentam capacidade de controlar muito dos efeitos adversos das cidades, como minimização da poluição sonora e visual; harmonizar a paisagem urbana; auxiliar da captação das águas pluviais e diminuir a amplitude térmica contribuindo para significativa melhoria da qualidade de vida. Entretanto os benefícios da arborização são comprometidos se estes não vierem acompanhados de uma analise qualiquantitativa como à escolha das espécies mais adequadas a cada espaço e a adaptação destas as condições edafoclimáticas e físicas locais. Embora quase todas as cidades brasileiras tenham praças, e outras áreas verdes, poucas têm espaços organizados que permita o uso pela população de diversas faixas estaria e poder aquisitivo, muitas apresentam belas arquiteturas quando construídas, mas que ao passar dos anos são abandonadas e impossibilitadas para uso coletivo, devido à falta de iluminação e higiene. Tendo em vista a complexidade que envolve a arborização urbana e os problemas que o norteiam, este trabalho objetiva a analise da arborização nas praças publicas de Altamira envolvendo as condições do imobiliário e a diversidade de espécies arbóreas e arbustivas.
METODOLOGIA:

O estudo foi realizado no município de Altamira localizado na região sudoeste do Estado do Pará, sob as coordenadas 03º12’12” ao sul e 52º12'23" oeste. Para a realização desse trabalho foi feito um levantamento em seis praças da cidade em fevereiro de 2009, para identificar e quantificar segundo os elementos de vegetação existentes, equipamentos de serviços e lazer, iluminação, monumentos e elementos arquitetônicos significativos e seu estado de conservação. Assim, para cada uma das áreas amostradas, os dados foram coletados em formulário específico, as espécies vegetais não identificadas em campo foram trazidas para o departamento de botânica da Universidade Federal do Pará, Campus de Altamira para posterior catalogação, foram feitas consultas na literatura acerca dos nomes científicos e famílias das espécies

RESULTADOS:

Nas seis praças pesquisadas foram catalogadas 32 espécies vegetais distribuídas em 12 famílias sendo 15,62% consideradas arbustivas e 84,38% arbórea. Em relação às áreas de lazer 50% apresentam espaço destinado a praticas de esportes, com quadras poliesportiva e apenas 33,33% foi encontrado área de recreação infantil. Em 50% das praças o publico freqüenta apenas durante o dia devido à falta de iluminação, facilitando a ação de vândalos e provocando perigo as pessoas que transitam próximo ao local. Dos equipamentos de serviços, os dois tipos mais comuns foram lanchonetes e bares com 66,66% de freqüência. No que tange aos aspectos de conservação três foram consideradas urbanizadas e higienizadas com vegetação em um bom estado de conservação e com traçado bem definido sendo usada como área de lazer pela publico local. Em relação aos aspectos físicos e sanitários da vegetação, 60% plantas apresentaram em boas condições fitossanitário. A fiação aérea em todas as praças é do tipo subterrâneo o que facilita o desenvolvimento de espécies de grande porte, pois não compete pelo mesmo espaço. 23,02% das plantas apresentam raízes superficiais causando danos como rachaduras e quebras no pavimento provocado devido ao crescimento das raízes laterais o que pode restringir o uso dessas áreas por crianças e idosos.

CONCLUSÃO:

As praças de Altamira foram consideradas como urbanizadas em 66,7% o que significa já terem tido algum cuidado como, corte de grama, presença de arborização, caminhos e bancos, porém 50% são de uso diurno, visto que, a iluminação é precária e até mesmo ausente. As áreas de lazer como áreas de recreação infantil e esportiva ficaram restritas a 50% e 33,33% respectivamente, diminuindo as opções de lazer para crianças e jovens de população de menor poder aquisitivo. Em relação ao planejamento de plantio e a condução das espécies em campo foi notório a ausência do mesmo, como escolha inadequada de espécies em relação ao sistema radicular sendo que 23,02% estão superficiais, a maior parte não está podada comprometendo a estética.

Palavras-chave: Arborização urbana, Áreas verdes, Pará.