61ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 3. Educação Ambiental |
Estratégias de mobilização mais eficientes para a gestão participativa do descarte seletivo de papel na Faculdade de Educação |
Camylla Portela de Araujo 1 Vera Margarida Lessa Catalão 2 |
1. Faculdade de Educação/FE, Universidade de Brasília/UnB/Mestranda. 2. Departamento de Teorias e Fundamentos, FE, UnB, Doutora/Orientadora. |
INTRODUÇÃO: |
Este estudo trata da análise das estratégias de mobilização mais eficientes para sensibilização da comunidade universitária no descarte seletivo de papel na Faculdade de Educação/FE. Nosso objetivo foi favorecer reflexões críticas sobre o papel do educador ambiental na gestão integrada dos resíduos na FE e compreender como pode ser incentivada a participação efetiva da comunidade na gestão dos resíduos sólidos na UnB. O objetivo desta nova fase da pesquisa veio ao encontro dos propósitos do projeto Reciclando o Cotidiano, um desdobramento do projeto Água como Matriz ecopedagógica que coordena atualmente a implantação da coleta solidária de papel na FE. Trazemos o registro do processo de implantação da coleta solidária de papel na FE em parceria com a Agenda Ambiental da Universidade de Brasília/UnB e com a cooperativa AGEPLAN (Associação dos Agentes Ecológicos da Vila Planalto). |
METODOLOGIA: |
Na primeira etapa foi formado um grupo de discussão com estudantes do projeto Água como Matriz ecopedagógica. Foi realizado o planejamento participativo do processo e estabelecida uma rede de contatos. Foi elaborado o plano de coleta, incluindo análise do fluxo dos resíduos e o mapeamento das lixeiras na FE, com especificação dos 70 locais a receberem as caixas coletoras de papel. Em novembro de 2007 implantamos o projeto piloto da coleta de papel na FE em parceria com a cooperativa AGEPLAN e com a Agenda Ambiental da UnB. Ação amparada pelo Decreto Presidencial Nº 5.940 que regula a separação dos resíduos sólidos nas instituições públicas. Na etapa de manutenção da coleta foram promovidas diversas ações de mobilização social: -Módulos de formação com a equipe de limpeza e funcionários da FE. -Oficinas de canecas, de origami, de papel reciclado, de sucos alternativos e de brinquedos. -Eventos culturais e acadêmicos. O grupo gestor do projeto piloto concebe o projeto Reciclando o Cotidiano selecionado em 2008 pelo Edital da Agenda Ambiental para dar continuidade às ações de mobilização e criar estratégias de sustentabilidade para a coleta, tais como a elaboração de material didático(cartilha e panfletos) sobre os resíduos sólidos e compra de container para guarda do papel. |
RESULTADOS: |
A implantação da coleta solidária de papel na FE foi acolhida com entusiasmo, envolveu uma rede de parcerias e ampla participação da comunidade da FE e da cooperativa AGEPLAN em todas as etapas : -Planejamento -Implantação -Manutenção As estratégias de mobilização mais eficientes foram as que otimizaram os recursos utilizados ao longo do processo planejado: -Cartazes, faixas e outras formas de publicidade no campus; - Cartilhas e folders educativos; -Eventos culturais e acadêmicos; -Oficinas de sensibilização; -Grupos de discussão. Na elaboração dos cartazes e comunicados foi priorizado a reutilização de materiais. Nos módulos de orientação houve momentos de reflexões críticas. As oficinas e os eventos culturais e acadêmicos envolveram a participação ativa da comunidade. As atividades semanais do grupo de discussão proporcionaram momentos significativos de debates, trocas, construção, desconstrução e reconstrução de conhecimentos. A participação da comunidade sinalizou maior receptividade aos eventos que envolveram animação musical. No seminário e na oficina de brinquedos houve a participação de uma pequena quantidade de pessoas, isso indica menor interesse por eventos desse tipo, falhas na estratégia de comunicação ou a concorrência com o horário das aulas. |
CONCLUSÃO: |
As estratégias de mobilização consideradas eficientes no contexto social e cultural da FE em um dado momento histórico podem não ser eficientes 1º) A construção de imaginários; 2º) A identificação e instrumentalização dos reeditores; 3º) Como alcançar a coletivização entre os reeditores. É imprescindível a mediação do educador ambiental na gestão participativa dos resíduos, desde o planejamento, implantação até a manutenção por meio de mobilizações e sensibilizações contínuas. A articulação entre as diversas instâncias e a participação efetiva dos setores envolvidos são passos necessários na gestão integrada dos resíduos, bem como a perseverança na mobilização. Consideramos fundamental que essas ações de mobilização no campus sejam sustentadas por uma política pública de gestão de resíduos na UnB. |
Instituição de Fomento: Agenda Ambiental da UnB/ Decanato de Extensão/UnB |
Palavras-chave: Mobilização, Resíduos Sólidos, Gestão Integrada-Participativa. |