61ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 8. Psicologia - 11. Psicologia Social
JUVENTUDE INSTITUCIONALIZADA E VIOLÊNCIA DO ABANDONO
Richarlls Martins da Silva 1
Camila da Rocha Fineto 1
Maira Araujo 1
Ligia Maria Costa Leite 1
1. UFRJ
INTRODUÇÃO:

A pesquisa Juventude, Desafiliação e Violência possuía como objetivo central investigar o grau de enraizamento psíquico existente nas relações de sociabilidade que os jovens desafiliados com a rede de assistência social no município do Rio de Janeiro. Para isso, coletamos a história de abrigamento de 30 jovens que se encontram em cinco abrigos do município, em medidas protetivas, dando-lhes voz, para que narrassem suas visões sobre essas instituições: os pontos positivos e os negativos, os aspectos de proteção ou os de vulnerabilidade, conforme suas subjetividades. A intenção foi recolher material que possibilitasse compreender o ponto de vista do usuário do sistema de abrigamento e, assim, propor reflexões sobre modalidades de proteção que os incluam como sujeitos, para: 1- delimitar que tipo de instituição, projeto, proposta, ação que os jovens nomeiam como abrigo; 2- identificar formas de violência silenciosa que interferem na saúde mental dos jovens e muitas vezes os levam a assumir a violência como uma forma de linguagem interpessoal; 3- reconhecer indicadores de saúde mental e/ou de riscos psicossociais. Com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente, as formas de internação e privação de liberdade se alteraram, porém crianças e adolescentes continuam dependentes de instituições, englobadas pelo nome genérico de "equipamentos". Diante dessa possibilidade, tornou-se relevante analisar as questões subjetivas que interferem nas relações entre os adolescentes e as instituições que os assistem, entre elas: o desejo de serem vistos como sujeitos de escolhas para os projetos que lhes são dirigidos; e as evasões ou conflitos constantes vividos dentro dos abrigos, o que gera um campo de força e resistência por parte dos jovens e seus cuidadores. O Projeto atingiu três resultados, prioritariamente, na sua inserção na rede de abrigamento, sendo eles: a confecção de um relatório com as categorias analisadas (família, instituição, projeto de vida e rua) a partir das narrativas dos sujeitos entrevistados; subsídio das discussões nas instâncias das políticas sociais e de proteção de crianças e adolescentes e a proposição aos abrigos parceiros de seminários dirigidos aos cuidadores que vivem riscos psicossociais no seu trabalho cotidiano. Espera-se que esta intervenção somada aos demais estudos que trabalham com esta importante temática possam colocar em análise as práticas instituídas e promover um olhar mais atento para este segmento específico da juventude brasileira.

METODOLOGIA:
A metodologia da História Oral subsidiou a pesquisa. Coletamos a história de abrigamento de 30 jovens que se encontram em cinco abrigos do município, em medidas protetivas, dando-lhes voz, para que narrassem suas visões sobre essas instituições: os pontos positivos e os negativos, os aspectos de proteção ou os de vulnerabilidade, conforme suas subjetividades. A intenção foi recolher material que possibilitasse compreender o ponto de vista do usuário do sistema de abrigamento e, assim, propor reflexões sobre modalidades de proteção que os incluam como sujeitos, para: 1- delimitar que tipo de instituição, projeto, proposta, ação que os jovens nomeiam como abrigo; 2- identificar formas de violência silenciosa que interferem na saúde mental dos jovens e muitas vezes os levam a assumir a violência como uma forma de linguagem interpessoal; 3- reconhecer indicadores de saúde mental e/ou de riscos psicossociais. Com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente, as formas de internação e privação de liberdade se alteraram, porém crianças e adolescentes continuam dependentes de instituições, englobadas pelo nome genérico de "equipamentos". Diante dessa possibilidade, tornou-se relevante analisar as questões subjetivas que interferem nas relações entre os adolescentes e as instituições que os assistem, entre elas: o desejo de serem vistos como sujeitos de escolhas para os projetos que lhes são dirigidos; e as evasões ou conflitos constantes vividos dentro dos abrigos, o que gera um campo de força e resistência por parte dos jovens e seus cuidadores.
RESULTADOS:
O Projeto atingiu três resultados, prioritariamente, na sua inserção na rede de abrigamento, sendo eles: a confecção de um relatório com as categorias analisadas (família, instituição, projeto de vida e rua) a partir das narrativas dos sujeitos entrevistados; subsídio das discussões nas instâncias das políticas sociais e de proteção de crianças e adolescentes e a proposição aos abrigos parceiros de seminários dirigidos aos cuidadores que vivem riscos psicossociais no seu trabalho cotidiano
CONCLUSÃO:
Espera-se que esta intervenção somada aos demais estudos que trabalham com esta importante temática possam colocar em análise as práticas instituídas e promover um olhar mais atento para este segmento específico da juventude brasileira.
Instituição de Fomento: FAPERJ
Palavras-chave: juventude, desafiliaação, violência.