61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 6. Bioquímica
Novos métodos para diluição de extratos de própolis.
Fábio Moroni 1
Maria Inês Homsi Brandeburgo 2
Amélia Hamaguchi 2
Malcon Antonio Manfredi Brandeburgo 2
1. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
2. Universidade Federal de Uberlândia
INTRODUÇÃO:

Própolis designa toda uma série de substâncias de origem vegetal, resinosas, gomosas e balsâmicas, de consistência viscosa. O interesse pela própolis tem aumentado muito nos últimos anos devido principalmente à descoberta de inúmeras aplicações terapêuticas. Essas aplicações se devem a características da própolis, como possuir baixa toxicidade aguda. Devido a alta quantidade de compostos apolares presentes em sua composição, é necessário o desenvolvimento de tecnologias apropriadas para a preparação de extratos aquosos de própolis.

METODOLOGIA:

Nesse trabalho foram estudados novos métodos para a utilização da própolis em extratos. Foi utilizada própolis bruta de Apis mellifera e os reagentes Tween 80 ( Polisorbato 80) e etanol. Foram estudados três métodos: o Método: Extrato Aquoso de própolis (EAP); o Método Extrato Tweenólico de própolis (ETP) e o Método Extrato etanólico de própolis (EEP).

RESULTADOS:

1.o Método: Extrato Aquoso de própolis (EAP). O método de preparo é adaptado de Matsushige et al. (1996). Em um becker adicionam-se 500 ml de água desionizada e 100 gramas de própolis bruta triturada em liquidificador. Aguardar 24 horas. Aquece-se a mistura em banho termostatizado com água a 80ºC, por duas horas. Posteriormente essa solução é turbolizada em liquidificador, filtrada (filtro de gaze), aclopado a funil e kitassato. O filtrado será liofilizado durante 48 horas. Finalmente, ressuspende-se o pó resultante em água desionizada nas concentrações desejadas.

2.o Método: Extrato Tweenólico de própolis (ETP). Em um becker, adicionam-se 500 ml de água desionizada e 25 g de Tween 80. Agita-se até formar uma solução homogênea. Posteriormente adicionam-se 100 g de própolis bruta triturada. Os próximos passos são idênticos aos do EAP.

3.o Método: Extrato etanólico de própolis (EEP). Em um becker adicionam-se a própolis bruta triturada (100 g) e o etanol 80% (500 ml). Agita-se à temperatura ambiente durante 30 minutos. A solução é turbolizada em liquidificador. Filtra-se em filtro de gaze, adaptado a funil e kitassato. O filtrado é seco em placa de petri sobre placa termostatizada a 75 ºC . Ressuspende-se em etanol 80 % nas concentrações desejadas.

CONCLUSÃO:

Foi observado que os dois primeiros métodos (EAP e ETP) podem ser utilizados em vários tipos de ensaios biológicos, onde se faz necessária a ausência de etanol para ensaios. O terceiro método (EEP) restringe-se a utilização em experimentos in vivo para uso externo, como componentes de pomadas ou cremes, bem como a aplicação direta sobre feridas para estudos de cicatrização. A concentração de etanol utilizada foi a sugerida por Park e Ikegaki (1998), onde é descrita a concentração ideal para se extrair o maior número de compostos da própolis bruta. Não seria recomendável uso do EEP em uso interno devido aos efeitos tóxicos inerentes ao etanol, podendo comprometer os resultados.

Instituição de Fomento: Cnpq
Palavras-chave: própolis, diluição, Apis mellífera.