61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
PIGMENTOS FOTOSSINTÉTICOS EM PLANTAS JOVENS DE MANGABEIRA (Harconia speciosa Gomes) SUBMETIDAS A DIFERENTES CICLOS DE REGA.
Marcos Francisco de Araújo Silva 1
Elizamar Círiaco da Silva 2
Rejane Jurema Mansur Custódio Nogueira 2
1. Departamento de Ciência Florestal - UFRPE
2. Departamento de Botânica - UFRPE
INTRODUÇÃO:
A mangaba (Harconia speciosa Gomes) é uma planta lactescente de porte arbóreo, frutífera e nativa do Brasil. Embora também seja produtora de látex, o fruto, denominado “mangaba” é o seu principal produto. Este nome tem origem na língua tupiguaranie que significa “coisa boa de comer”. Apesar do potencial apresentado, o extrativismo ainda é a sua principal forma de exploração. Em ecossistemas naturais ou agrícolas, os vegetais estão frequentemente expostos a estresses ambientais, como por exemplo a deficiência hídrica que provoca reduções no crescimento, comprometendo o desenvolvimento e, conseqüentemente, a produção do vegetal. O desenvolvimento do vegetal esta fortemente relacionado com o processo fotossintético, sendo a clorofila o principal pigmento resposável pela captação de luz, assim o presente trabalho objetivou avaliar os teores de clorofilas e carotenóides em plantas jovens de mangabeira sumetidas a diferentes ciclos de rega.
METODOLOGIA:
O experimento foi desenvolvido em casa de vegetação do Laboratório de Fisiologia Vegetal, pertencente ao Departamento de Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco, no período de Setembro de 2008 a Fevereiro de 2009.  As mudas de aproximadamente três meses de idade, foram submetidas a diferentes ciclos de rega em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro tratamentos hídricos: rega diária (RD), intervalo de 5 (5D), 10 (10D) e 15 (15D) dias entre rega, com quatro repetições. Foram avaliados aos 50 dias e 100 dias após tratamento os teores de Clorofila a (Cl a), b (Cl b) e carotenóides. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, em nível de 5% de probabilidade de erro.
RESULTADOS:

Os teores de Cl a e Cl b não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos aos 50 dias após a diferenciação (DAD), porém aos 100 DAD o tratamento 15D apresentou os maiores teores de Cl a e o tratamento RD apresentou os menores teores de Cl b. Os tratamentos RD e 5D coletados aos 50 DAD apresentaram maiores de Cl a do que aos 100 DAD. No tratamento 10D não houve diferença siginificativa entre as épocas, e no tratamento 15D as plantas aprentaram maiores teores de Cl a aos 100 DAD. Para Cl b, os tratamentos RD e 10D não apresentaram diferença significativa entre as épocas, enquanto os tratamentos 5D e 15D apresentaram diferença significativa. De forma geral, os teores de carotenóides foram maiores aos 50 DAD do que aos 100 DAD. Não houve diferença significativa entre o tratamento RD e os demais, no entanto, o tratamento 15D apresentou valores superiores comparado aos tratamentos 5D e 10D.

CONCLUSÃO:

Dos ciclos de rega impostos, o intervalo de 15 dias entre rega induziu um aumento nos teores de clorofila a, b e carotenóides, demonstrando que mudas de mangabeira podem ser cultivadas sob esse regime hídrico sem sofrer alterações significativas nos pigmentos fotossintéticos.

Instituição de Fomento: UFRPE
Palavras-chave: clorofila, ciclo de rega, mangabeira.