Para a efetivação deste trabalho realizamos intensa revisão bibliográfica, que nos permitiram apontar que, a partir da década de 1970, houve uma tendência a reforçar certos estoques de capitais, porém na atualidade é reduzida a distância entre estes, pois o estado de São Paulo parece a voltar a exercer uma forte polarização em relação a outras áreas do país. Entrevistas, realizadas em órgãos governamentais como: Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), SP - Trans, Agência Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Departamento de Estradas e Rodagens do Estado de São Paulo (DERSA), Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), Departamento Aéreo do Estado de São Paulo (DAESP), Porto de Santos e Porto de São Sebastião. Vale acrescentar ainda, o levantamento de dados secundários para a compreensão da dinâmica econômica que da área estudada e a utilização do Software Fiocarto para a confecção de cartogramas.

Nos últimos anos houve uma repolarização do Estado de São Paulo em relação ao país e que a manutenção dos fixos é de responsabilidade do poder público, embora sua utilização não se restrinja às atividades produtivas deste estado. Logo, pode-se afirmar que houve a manutenção das áreas mais fluidas neste espaço nos últimos 40 anos, através da compreensão da atividade industrial, enquanto atividade que propicia maior arrecadação tributária, maior fluxo devido a sua cadeia produtiva mais horizontalizada e remuneração superior média das demais atividades econômicas no estado, proporcionando maior poder de consumo, fortalecendo a microeconomia e a manutenção dos fluxos para o abastecimento desses mercados.

A distribuição dos fixos e fluxos rodoviários no Estado de São Paulo corresponde a seleção de determinadas áreas para o investimento em estoques de capital (infra-estrutura rodoviária), nos últimos 40 anos, que sofreu poucas modificações, todavia, implicam em áreas com melhor qualidade de infra-estrutura que tendem a se manter e ampliar. Já na atualidade há uma tendência a maior equidade na manutenção desses estoques de capital, devido à intensificação da polarização do Estado de São Paulo em relações aos demais estados do país, que intensifica a importância das rodovias radiais (faz a ligação do Oeste Paulista a capital), aumenta o fluxo econômico que a perpassa, consecutivamente, estas se tornam mais atrativas para a iniciativa privada que aumenta as possibilidades de concessão de rodovias localizadas em diferentes áreas pelo Estado.