61ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 1. Antropologia - 3. Antropologia das Populações Afro-Brasileiras |
CANDOMBLÉ E SUSTENTABILIDADE NO SEMI-ARIDO |
Reginaldo Conceição da Silva 1 Sandro dos Santos Correia 1 |
1. Universidade do Estado da Bahia - UNEB |
INTRODUÇÃO: |
Localizado em Caetité, BA, centro afro religioso ILE ASHÉ ÓJÚ ÓORÚN, é o legítimo representante da cultura ALAKETU. O município de Caetité, Bahia, localiza-se na sub-região baiana da Serra Geral, Estando cerca de |
METODOLOGIA: |
Para a pesquisa foi realizado levantamento bibliográfico abrangendo o tema, produção de questionários a serem aplicados á dois tipos de atores: um para sacerdotes (izas) e outro para os demais adeptos do Centro com diferentes idades de iniciação e funções religiosas, visitas e participação durante as atividades religiosas internas e externas,para conhecimento empírico além dos registros fotográfico e escrito das mesmas,quando autorizadas, os trabalhos de campo para verificação dos tipos de uso e relação com os espaços naturais considerados sagrados para toda e quaisquer comunidade afro-religiosa como encruzilhadas, matas, rios, nascentes, lagoas praças e ruas urbanizadas, algumas no memento da sua sacralização, tornando os Espaços em agora, em um Lugar, do qual passaria a ser respeitados e preservado devido sua nova funcionalidade. Para elaboração de um trabalho monográfico, que atendesse a justificativa de se preservar elementos ou paisagens, cujo vinculo seria a religião, portanto um elemento simbólico e sócio cultural. |
RESULTADOS: |
De acordo com os dados obtidos em pesquisa de campo, a cosmovisão, enquanto elemento sócio cultural fora comprovada durante a pesquisa, bem como existe a necessidade de sacralizar outros espaços. Onde, para que isto ocorra, existirá sempre um motivo (não) revelado nitidamente, mas que, sem dúvida, algum orixá terá domínio. Durante a pesquisa encontramos resultados satisfatórios quanto a abordagem da citada comunidade afro religiosa rumo a sustentabilidade dentro do município de Caetité, na Bahia, haja vista que , devido a necessidade de sacralização ritualística inerentes ao Culto dos Orixás, assim o permitem zelar tanto de áreas naturais quando áreas urbanas. Mesmo atendendo a diversos atores da comunidade interna, há unaminidade quanto à preservação de dois espaços: matas e rios; porem, quanto se trata de espaços urbanos, encruzilhadas e ruas merecem destaques apenas para o publico de sacerdote(izas) e o ogan de rua uma vez que não são todos os membros que possuem funções que permitem o uso destes. Para todos, a falta de políticas publicas de auto afirmação sócio religiosa, dificulta a aceitação desta religião frete ás demais, o que limita a possibilidade de sacralização de outros espaços, principalmente os urbanizados como, por exemplo, praças, feira livre e igrejas, limitando as atividades religiosas naturais, tendo que reproduzir alguns destes espaços na área urbanizada do centro, quando possível. |
CONCLUSÃO: |
Assim sendo, o Candomblé ou Culto aos Orixás, consegue confluir o espaço “urbano” e o espaço “mato” dentro de suas áreas limítrofes, muradas e também o espaço “urbano” e “mato” de uma cidade, na medida em que inserido nesta, se desenvolve enquanto religião onde e quanto às práticas ritualísticas assim permitam. A grande vantagem de uma confluência territorial dos “espaços” de um terreiro de Candomblé dentro de uma cidade, faz-se da necessidade de que toda cidade precisa preservar suas áreas naturais (defendida também pela prática ritualística do Culto aos Orixás), como meio de garantir a continuidade das espécies hoje existentes para que a nossa futura geração também as conheçam e possam usufruir e perpetuar seu uso para as gerações vindouras. Tal atitude satisfaria, portanto, ao que hoje chamamos de sustentabilidade e aos Orixás. |
Instituição de Fomento: Universidade do Estada da Bahia |
Palavras-chave: Culto os Orixás, Meio Ambiente , Sustentabilidade. |