61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 3. Microbiologia
EFEITO DO LOCAL DE ARMAZENAMENTO DO TUCUMÃ (ASTROCARYUM ACULEATUM) NA UMIDADE E RENDIMENTO DA POLPA
ANTONIO CARLOS OLIVEIRA CARVALHO Jr 1
1. CENTRO TECNOLÓGICO DO AMAZONAS -CETAM
INTRODUÇÃO:

Estabelecimentos que oferecem pratos incluindo a polpa de tucumã (Astrocaryum aculeatum Meyer). aumentam nitidamente a cada ano. Entretanto, o comércio da polpa de tucumã em Manaus-AM ainda é realizado de forma informal, assim os dados oficiais de produção e consumo são inexistentes. Um dos principais problemas para a comercialização deste alimento é o curto tempo de prateleira. Em trabalhos anteriores sobre pós-colheita de tucumã, observou-se que além da deterioração microbiológica e enzimática a desidratação do fruto é um fator importante para o rendimento e qualidade da polpa. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do armazenamento na umidade e no rendimento da polpa de tucumã.

METODOLOGIA:
Em um primeiro experimento, avaliou-se a umidade e o rendimento da polpa, casca e semente do tucumã. Para tanto, três lotes de frutos com características visualmente distintas: 1) coloração verde e tamanho médio; 2) coloração amarelada com casca rajada e tamanho médio; e 3) coloração verde e tamanho grande foram obtidos no comércio e transportados ao Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA). Em seguida os frutos foram descascados, despolpados e colocados em estufa a 65°C até peso constante para obtenção da massa seca e cálculo da porcentagem de umidade de cada parte. Em um segundo experimento lotes de 30 frutos foi colocado em três locais de armazenamento: 1) temperatura ambiente, 2) ambiente com ar condicionado, e 3) geladeira. A cada dois dias 10 frutos foram retirados para avaliação do peso seco e porcentagem de umidade seguindo metodologia descrita acima.
RESULTADOS:

No primeiro experimento, observou-se que a média da massa fresca da polpa, casca e semente de tucumã foram 3,8; 3,2 e 13,1g, apresentando respectivamente: 61,6; 59,6 e 22,6% de umidade. No segundo experimento, a polpa apresentou inicialmente 52,2% de umidade e 29,5% de rendimento. Após seis dias de armazenamento nos diferentes locais houve redução na umidade da polpa para 38,4; 43,3 e 31,7%, e de rendimento para 27,1; 16,3 e 56,6% a temperatura dos locais de armazenamento foi de 30, 22 e 10°C, respectivamente. Após o período de armazenamento, os frutos mantidos no ambiente com ar condicionado e geladeira mantiveram-se apropriados para o consumo e os frutos do local à temperatura ambiente apresentaram sinais de deterioração. Sugere-se que investimentos em reduzir a temperatura do local de armazenamento pode ser uma alternativa de aumento de tempo de prateleira dos frutos in natura. No entanto, os custos de armazenamento devem ser considerados.

CONCLUSÃO:
As condições ambientais do local de armazenamento influenciam a porcentagem de umidade da polpa de tucumã. A estocagem dos frutos em geladeira durante seis dias é o melhor tratamento por apresentar menor perda de umidade da polpa de tucumã enquanto que, o armazenamento da polpa em ambiente com ar condicionado apresentou maior perda de umidade. No entanto há necessidade de acompanhamento de análises sensoriais e microbiológicas do experimento.
Instituição de Fomento: FAPEAM,CNPq
Palavras-chave: FRUTOS DA AMAZÔNIA, PÓS-COLHEITA, TEMPO DE PRATELEIRA .