Os fungos que decompõem substâncias celulósicas ocorrem no solo, colonizando vegetais, suas raízes e resíduos, com importante função de reciclagem de nutrientes. O conhecimento da micobiota do solo, além de fundamental para o levantamento taxonômico das populações que ali se encontram, pode levar ao descobrimento de processos metabólicos utilizados por estes organismos tornando-se importantes para as interações ambientais e em aplicações biotecnológicas.

Foram utilizadas amostras de carpóforo dos fungos amazônicos, obtidos do material micológico depositado no laboratório de Biotecnologia da Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade Estadual do Amazonas. Os fungos foram armazenados em Laboratório e isolados em meio de cultura batata-dextrose-ágar e ágar malte, e incubadas à uma temperatura de 25°C. O crescimento micelial foi avaliado através da progressão da fronteira micelial utilizando o método da placa da petri. A descrição do aspecto da superfície da cultura foi realizada levando em consideração o aspecto do micélio aéreo: cotonoso, plumoso, camurçado, feltroso, cerebriforme, aveludado, piloso, flocoso, pulverulento, lanoso e úmido.

Os fungos estudados apresentaram variações na morfologia e diferentes velocidades e taxa de crescimento. Hoje, são necessários para uma maior compreensão, estudos sobre a diversidade fúngica na Amazônia, a fim de conhecer a atividade biodegradativa de novos fungos para uso em processos biotecnológicos.