61ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
PREVALÊNCIA DE SINAIS E SINTOMAS DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR  EM JOVENS E ADULTOS EM PORTO VELHO-RO
Ana Paula Fernandes De Angelis Rubira 1
Taina Gorayeb Baleeiro 1
Cariel Benedita da Silva Denti 1
Kysi da Hora Lima 1
Denise Teodoro Sampaio 1
Marcelo Custódio Rubira 1
1. Departamento de Fisioterapia / Faculdade São Lucas
INTRODUÇÃO:

Estima-se que aproximadamente 75% da população têm pelo menos um sinal de disfunção e 33% tem pelo menos um sintoma de disfunção temporomandibular (DTM) e que aumentam em freqüência e gravidade da segunda para a quarta década de vida. (MCNEILL 1997). Estudos recentes têm comumente encontrado mais sinais e sintomas graves e freqüentes de dor e pontos-gatilhos na ATM e músculos mastigatórios, sons na ATM, e limitação ou outros distúrbios nos movimentos mandibulares em mulheres que em homens (VIGNOLO et al, 2008), indicando que mulheres apresentam mais problemas no sistema mastigatório do que homens (STOHLER, 1997), assim como maior gravidade tanto psicologicamente como fisicamente. Estudos experimentais têm mostrado haver diferenças na percepção da dor por homens e mulheres, onde as mulheres demonstram maior sensibilidade à dor do que os homens (AL'ABSI et al., 2002). Fischer e colaboradores (2007) concluíram que a testosterona diminui a probabilidade de desenvolver dor na ATM. Esse achado pode ajudar explicar a menor prevalência e severidade de muitas condições de dor, incluindo as DTM em homens. Estudos apontam para um declínio na prevalência com a idade. Esse estudo avaliou a prevalência de sinais e sintomas de DTM numa população de jovens e adultos na cidade de Porto Velho-RO.

METODOLOGIA:

Para o levantamento da prevalência foi utilizado o questionário de índice e diagnóstico proposto por Fonseca (1992), que apresenta características de uma avaliação multidimensional. O questionário compreende 10 perguntas com uma única resposta marcada para cada pergunta Os voluntários foram instruídos a marcar “sim”, “não” ou “às vezes”. Para a análise, as respostas foram computadas a partir de cada questão sendo registradas e somadas pelo valor atribuído a cada resposta, onde “sim” é igual a 10 pontos, “às vezes é igual a 5 pontos e “não” a 0 ponto e classificados de acordo com Fonseca (1992) e possibilitando classificar a DTM em: sem DTM, leve, moderada e severa. Foram aplicados 1012 questionários com voluntários na faixa etária entre 18 e 50 anos, de ambos os gêneros.

RESULTADOS:

Os resultados foram analisados através da distribuição das freqüências das respostas e sua porcentagem para DTM e sem DTM e critério de gravidade.  Os resultados encontrados na amostra em geral foram de uma prevalência de 68% em mulheres e 32% em homens. Quanto à gravidade observou-se que na faixa etária de 18 a 30 anos a prevalência foi de 50% e 26% sem DTM, DTM leve 40% e 50%, DTM moderada 9,1% e 18,7% e DTM severa 0,5% e 4,1%, respectivamente ao gênero masculino e feminino. Na faixa etária de 30 a 40 anos foi 43% e 20,8% sem DTM, DTM Leve 45% e 53,8%, DTM Moderada 5,8% e 18,6% e DTM severa 5,8% e 6,5%. Com relação a faixa 40 a 50 foi 28% e 23,2% sem DTM, DTM Leve 56% e 48%, DTM Moderada 16% e 25,5% e DTM severa 0% e 2,3%, respectivamente.    

CONCLUSÃO:

Os dados encontrados nesse estudo quanto ao gênero e gravidade estão de acordo com os dados encontrados em outras regiões brasileiras e com a literatura mundial, evidenciando maior acometimento nas mulheres e com maior gravidade.

Instituição de Fomento: Faculdade São Lucas
Palavras-chave: Disfunção Temporomandibular, Prevalência, Sexo Feminino.