61ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
ESTUDO COMPARATIVO DA HIPOTONIA DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO EM MULHERES ORGÁSMICAS E ANORGÁSMICAS COM IDADES ENTRE 25 E 35 ANOS
Simone Pedrozo Frágoas 1
Érica Michele Freitas Maia 1
Ana Paula F. De Angelis Rubira 1
Marcelo Custódio Rubira 1
1. Departamento de Fisioterapia / Faculdade São Lucas
INTRODUÇÃO:

A anorgasmia, falta do orgasmo, dentre as disfunções sexuais atingem mais comumente o sexo feminino. Sua etiologia varia desde motivos orgânicos aos de ordem psicossocial, implicando a presença de conflitos que impossibilitam a resposta sexual normal (Berek JS, 2006). Estudos realizados pelo Hospital das Clínicas de São Paulo revelam que cerca de 65% das mulheres apresentam dificuldades para atingir orgasmo. O tratamento é de suma importância, pois a satisfação sexual tornou-se um componente importante para a vida de homens e mulheres nas sociedades ocidentais modernas (Nascimento GL, Lopes PG, 2006). O tratamento baseia-se em aperfeiçoar as funções do assoalho pélvico com melhora tônica e contrátil o que permite uma melhor qualidade de sensações vaginais (Cavalcante S, 2007). Existe uma correlação entre um bom desenvolvimento muscular e a intensidade orgásmica. Mulheres com uma pressão menor que 30 mmHg podem apresentar disfunção sexual (Medeiros MW et al.). O presente trabalho relacionou a hipotonia dos músculos do assoalho pélvico com a anorgasmia.

METODOLOGIA:

O presente estudo foi realizado com 44 voluntárias, na faixa etária de 25 a 35 anos e após serem esclarecidas a respeito da natureza do estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. As voluntarias foram separadas de acordo com Inventário de Satisfação Sexual de Golombok e Rust – GRISS e classificação pela Escala de satisfação em relação à vida sexual, em dois grupos, um orgásmicas com 29 mulheres outro com 15 anorgásmicas (Cavalcante C, 1997). Foram realizadas avaliações para aferição do grau de força muscular graduada em cm H2O pelo Sensu Power nos grupos estudados.

RESULTADOS:

Os grupos de mulheres orgásmicas apresentaram média de idade de 29,7±3,1 e anorgásmicas de 30,4±2,7 e não houve diferença estatística. Com relação à escala de satisfação sexual obteve-se uma média de 2,2±0,6 nas mulheres orgásmicas e 0,9±0,5  nas anorgásmicas com  diferença estatística significante  (p<0,001). A comparação do grau de força muscular entre os grupos foi de 2,1 ±0,8 orgásmicas e de 1,2±0,5 para mulheres anorgásmicas. O grau de força muscular aferido em cm H2O nas mulheres anorgásmicos apresentam valores inferiores e significantes estatisticamente (P<0,001), quando comparadas com o grupo das mulheres orgásmicas. O estudo demonstrou que o componente muscular tem relação  inversa  e significante estatisticamente com  respostas do Inventário de Satisfação Sexual como:  achar impossível ter um orgasmo com R=0,55 e P<0,031 e acontece de você não ter orgasmo durante a penetração R=0,52 e P<0,05.

CONCLUSÃO:

As fraquezas musculares dos músculos do assoalho pélvico influenciam na satisfação sexual predispondo a mulher à anorgasmia e que questões relacionadas à sensação do orgasmo podem estar relacionadas com força muscular do assoalho pélvico.

Instituição de Fomento: Faculdade São Lucas
Palavras-chave: Anorgasmia, Assoalho Pélvico, Fisioterapia.