61ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem
Educação matemática- Reflexões de que ensina e de quem (não) aprende
UBIRATAN NOGUEIRA PESSOA 1
OSMARINA GUIMARÃES DE LIMA 1
1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS/UEA-ENS
INTRODUÇÃO:

Muito se discute a respeito das dificuldades de ensinar e aprender matemática, e um dos pontos a ser abordado por tal discussão é o mau preparo dos alunos em suas series iniciais. Visando uma melhor compreensão do ponto citado acima vemos a necessidade de um aprofundamento no tema analisando a fim de comprovar (ou não) a veracidade das criticas feitas sobre o preparo dos alunos em suas series iniciais, vemos também a necessidade de se procurar entender o que ocorre para que os alunos, mesmo que não preparados para o próximo estagio educacional, consigam ‘burlar’ o sistema e assim seguir adiante em seus estudos tornando não só o ensino precário como também sua própria formação como cidadão de uma sociedade de valores onde o conhecimento se torna algo de valor, mas adquirido por poucos que conseguem quebrar as barreiras existentes.

METODOLOGIA:

A pesquisa realizada foi de caráter bibliográfico, documental e de campo. No primeiro momento foi realizado um levantamento bibliográfico com a finalidade de embasamento teórico a respeito do assunto buscando os pontos de vista das autoridades e relacionando-os ao enfoque da pesquisa. Num segundo momento foi realizada a pesquisa de campo utilizando-se da observação, entrevista e do questionário direcionado dos quais participaram 02 professores, um de Ensino Fundamental e outro de Ensino Médio, e 85 alunos, sendo 40 do Ensino Fundamental e 45 do Ensino Médio, das escolas publicas de Manaus Dom Bosco e Senador João Bosco Ramos de Lima respectivamente.   

RESULTADOS:

A pesquisa realizada revelou que as dificuldades de aprendizagem é uma verdade conhecida por professores e alunos e que estes, por uma serie de fatores que não necessitam ser citados neste momento, apenas mascaram como podem tal situação. Ficou claro também que ambas as partes do processo de ensino/aprendizagem tem como foco central a preparação para o vestibular, suas únicas preocupações são com as notas e a aprovação de uma serie para outra. Outro fator encontrado foi que os professores mesmo tendo conhecimento do nível em que se encontram seus alunos, ficam impossibilitados de ajudá-los devido a falta de tempo e o Maximo que fazem é uma revisão dos assuntos o que não ajuda muito os alunos. Também pudemos percebem que o desempenho baixo dos alunos se dá devido à desvinculação dos conteúdos de sala de aula com o cotidiano dos alunos os quais não enxergam finalidade em aprender o que não se vai utilizar.

CONCLUSÃO:

Diante dos resultados obtidos vemos a necessidade de se repensar nos métodos de ensino e suas finalidades, pois estes atualmente não estão voltados para a formação de cidadãos nem tampouco para o desenvolvimento de suas estruturas cognitivas. Alem do mais os alunos conseguem atingir as series mais elevadas com um alto gral de carências, mesmo sendo avaliados todos os bimestres o que nos faz pensar que o sistema de avaliação atual não é suficiente para detectar as fragilidades dos alunos, nem para prepará-los com o conhecimento cientifico necessário para sua inserção na sociedade o que é a finalidade da escola.

Instituição de Fomento: fapeam
Palavras-chave: educação, ensino, dificuldades.