61ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 4. Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - 3. Recursos Pesqueiros de Águas Interiores |
SIMULAÇÃO DO RENDIMENTO POR RECRUTA DE Triportheus auritus (VALENCIENNES, 1850) EM LAGOS DE VARZEA DA AMAZONIA CENTRAL, BRASIL. |
Luiza Prestes 1 Caroline Pereira de Campos 2 Danniel Rocha Bevilaqua 2 Maria Gercilia Mota Soares 2 |
1. Mestranda do Curso de Biologia de Água Doce e Pesca Interior (BADPI/INPA) 2. Laboratório de Ecologia de Peixes (LEPA) – CPBA – INPA. |
INTRODUÇÃO: |
No Amazonas o consumo de pescado é alto e apesar de uma variação anual, um grupo de 31 espécies de peixes é responsável pelo maior volume do pescado comercializado (Batista & Petrere, 2003). Espécies que em décadas passadas faziam ocasionalmente parte do desembarque, hoje estão entre aquelas de maiores volumes desembarcadas nos portos da região, é o caso da Triportheus auritus, conhecida comumente como sardinha, muito apreciada pela população ribeirinha (Ruffino et al., 2006). Apesar do aumento de sua participação no desembarque pesqueiro, não existe informações históricas sobre o rendimento da pesca desta espécie na Amazônia além de sua regulamentação pesqueira estar baseada apenas em restrição por época (defeso). Frente à necessidade de subsidiar a regulamentação da pesca na tentativa de conservar os estoques desta espécie, este trabalho tem o objetivo de simular o rendimento por recruta para a pesca de T. auritus de lagos de várzea da Amazônia Central, utilizando modelos dinâmicos monoespecíficos que permitirão avaliar diversos cenários de mortalidade (exploração pesqueira) e comprimentos mínimos de captura, gerando respostas diretas ao monitoramento e à adequação da legislação e, conseqüentemente, da atividade pesqueira para a espécie. |
METODOLOGIA: |
Os peixes foram capturados mensalmente de julho de |
RESULTADOS: |
Os valores encontrados para crescimento, mortalidade e relação peso-comprimento foram: L∞=27,83 cm, K=0,65/ano, mortalidade natural (M)= 0,63/ano e Wt=0,0403*Lt2,6209 , a idade de recrutamento adotada foi 0,75 anos, referente á 10,5 cm. Na simulação, utilizando o menor comprimento (10 cm), o rendimento máximo por recruta foi alcançado com valores baixos de M. Tendência similar foi verificada para os demais comprimentos. As simulações realizadas indicaram baixo incremento no rendimento por recruta do comprimento mínimo de captura 10cm até 14cm, porém os valores de 16cm a 20cm indicaram valores ótimos do rendimento por recruta, e a partir daí o rendimento por recruta diminuiu nos comprimentos de 22cm até 26cm. |
CONCLUSÃO: |
À medida que F aumenta, o rendimento por recruta aumenta para os valores intermediários e altos de M. As simulações realizadas indicaram que os maiores valores no incremento do rendimento por recruta foram relativos á faixa de comprimento mínimo de captura 18cm a 20cm, a partir deste comprimentos o incremento no rendimento por recruta tende a diminuir. Portanto, estes seriam os valores sugeridos de tamanho mínimo de captura para a legislação pesqueira em função do rendimento por recruta para T. auritus. |
Instituição de Fomento: CNPq, FAPEAM, FINEP/PETROBRAS, INPA. |
Palavras-chave: Pesca, Regulamentação pesqueira, sardinha. |