61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 8. Genética - 5. Genética Vegetal
ESTUDO DE VARIABILIDADE GENÉTICA  ATRAVÉS DA EXTRAÇÃO DE DNA DE LINHAGENS DE MILHO DOCE
Rafael Verri Tavore 1
Ana Daniela Lopes 2
Carlos Alberto Scapim 3
Sandra Aparecida Oliveira Collet 4
1. Graduando em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá
2. Doutoranda em Genética e Melhoramento pela Universidade Estadual de Maringá
3. Prof. Dr. Universidade Estadual de Maringá/Depto. de Agronomia
4. Prof. Dra. Universidade Estadual de Maringá/Depto. de Bio. Celular e Genética
INTRODUÇÃO:

O milho doce é amplamente explorado em países de clima temperado, mas os cultivares dessa região, quando em condições de clima tropical, apresentam produção baixa e sérios problemas de sanidade de plantas e espigas. No Brasil, algumas empresas governamentais e particulares vêm desenvolvendo programas de melhoramento para produção de cultivares adaptadas às nossas condições. O uso de marcadores pode auxiliar o melhoramento de plantas, pois possibilita acessar diretamente o genótipo do indivíduo. Assim entre as principais aplicações de marcadores de DNA em programas de melhoramento de plantas estão: o monitoramento e organização da variabilidade genética, a seleção assistida por marcadores moleculares, e a proteção de cultivares (Lee, 1995). Em espécies alógamas com milho e girassol, os marcadores podem ainda auxiliar o estabelecimento de grupos heteróticos (Hongtrakul et al., 1997), diminuindo substancialmente o número de cruzamentos testes a serem avaliados e posteriores combinações híbridas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi estudar a variabilidade genética através da extração e quantificação de DNA de linhagens de milho doce, por meio de marcadores moleculares.

METODOLOGIA:

Os tecidos foliares das 15 linhagens de milho doce foram coletadas após 5 semanas de semeio. Quantidades iguais de tecidos foliares (tiras de aproximadamente 3 a 5 mm de largura) originados de 10 plantas de cada uma das 15 linhagens foram misturadas e pulverizadas com nitrogênio líquido, e aproximadamente 300 mg do pó obtido foi homogeneizado com 8 ml de tampão de extração CTAB (100 mM Tris-HCl pH 7.5, 700 mM NaCl, 50 mM EDTA pH 8,0, 140 mM b-ME, 1% CTAB) e incubado por 65 ºC por 1 hora. As amostras foram extraídas duas vezes com clorofórmio/álcool isoamílico (24:1). Depois foram tratadas com RNase, e posteriormente, o DNA foi precipitado com isopropanol, dissolvido em TE (10 mM Tris-HCL pH 8.0 e 1 mM EDTA). Este método de extração de DNA foi descrito por Hoisington et al. (1994). Após a extração, as amostras foram diluídas para uma concentração final de 2,5 ng/ml com o tampão de diluição (10 mM Tris-HCL pH 8.0 e 0.2 mM EDTA) e a qualidade e quantidade de DNA extraído foram verificadas em gel de agarose 0,8% utilizando tampão TAE (80 V). Os géis foram corados com brometo de etídio e fotografados.

RESULTADOS:

A quantidade obtida de DNA em amostras das diferentes linhagens milho doce variou entre 20 a 150 ng/mL (Figura 1). O método de extração descrito por Hoisington et al. (1994), mostrou-se eficiente, pois as amostras de DNA apresentaram-se livre de impurezas e íntegras, fatores importantes para a amplificação utilizando “primers” RAPD ou microssatélites. As amostras 1, 2 e 3 do gel de agarose 0,8% são de DNA l nas concentrações 50, 100 e 150 ng/mL, respectivamente,  e as amostras 4 a 17 são de DNA de milho doce.

CONCLUSÃO:

A metodologia de extração de DNA foi adequada, possibilitando a avaliação da variabilidade genética através de marcadores moleculares.

Palavras-chave: milho doce, extração de DNA, variabilidade genética.