61ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública
NFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSAS FREQUENTADORAS DO PARQUE DO IDOSO DE MANAUS -AM
Helyde Albuquerque Marinho 1
Isley Gaudêncio Costa dos Santos 2
Maria Rafaela Monteiro de Freitas 2
1. nstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia /INPA
2. Universidade Paulista/UNIP
INTRODUÇÃO:
O envelhecimento é um processo caracterizado por alterações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas que levam a uma diminuição da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, que terminam por levá-lo a morte (KRAUSE, 2005).Dentre os fatores que podem condicionar a qualidade de vida e a longevidade do ser humano, a nutrição destaca-se como um dos principais, pois uma alimentação equilibrada pode ajudar a envelhecer com qualidade. Sabe-se que o envelhecimento causa alterações no corpo que podem interferir com o estado nutricional de uma pessoa como as alterações do paladar e do olfato, e a redução na percepção dos sabores. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo avaliar a influência da alimentação saudável na qualidade de vida de 80 idosas freqüentadoras do Parque Municipal do Idoso (PMI),em Manaus/AM. Assim como, diagnosticar o estado nutricional, comparar a qualidade de vida de idosas que possuem hábitos alimentares “saudáveis” com aquelas que possuem hábitos alimentares “não saudáveis”, identificar a freqüência dos alimentos mais consumidos, identificar a prática de atividade física, modalidades e a freqüência, oferecer a população estudada orientação para melhorar os hábitos alimentares.
METODOLOGIA:
A característica desse estudo é de corte transversal, analítico e descritivo, com amostra representativa de mulheres idosas, freqüentadoras do Parque Municipal do Idoso da cidade de Manaus – AM, ou seja, um projeto criado a partir do “Programa Conviver” com o objetivo de promover a integração de pessoas com mais de 60 anos de idade mediante atividades recreativas, culturais e promocionais para auxiliá-las a ter melhor convívio com a família e com a comunidade, além de proporcionar-lhes um envelhecimento saudável. O estudo foi realizado mediante dados pessoais, medidas antropométricas, questionário de freqüência alimentar e sobre atividade A antropometria foi realizada mediante a coleta de dados de peso e altura das idosas e classificadas segundo o Índice de Massa Corporal (IMC), conforme a recomendação da OMS. A avaliação dietética foi mediante o inquérito dietético de freqüência de consumo de alimentos fontes de proteína, zinco, ferro e das vitaminas A, B12, C, e E, utilizando-se programa Nutriwin. Foram obtidas as distribuições de freqüências e medidas de tendência central das variáveis e considerou-se o nível de significância de 5%. Os dados foram analisados com os programas Epi-Info e Biostat v.4. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do INPA.
RESULTADOS:
A pesquisa foi constituída de 80 idosas com idade mínima de 61 anos e máxima de 87 anos, freqüentadoras do PMI. A análise antropométrica foi realizada em 100% da população estudada para caracterizar o estado nutricional. As médias de peso e altura foram de 65,0Kg ± 12,0 e 150,0cm ± 005,0, respectivamente. A maioria das idosas apresentava fator de risco para saúde, pois se encontravam obesas (35%) apesar de a avaliação dietética indicar hábitos alimentares saudáveis (62%) e 100% da população estudada praticantes de atividade física moderada. O IMC utilizado como índice de massa corporal obteve uma média de 28,75Kg/m2 ± 5,0. O inquerito dietetico apontou um alto consumo de carnes, leite, frutas e verduras sendo as carnes o alimento de maior consumo (100%),onde as preferidas eram as de aves e bovinas. Em segundo lugar apareceu o leite (90%). Contudo, faz-se necessário a implementação de medidas educativas nutricionais para somar com as atividades já oferecidas no local de estudo. Das modalidades oferecidas no PMI, as mais praticadas eram a hidroginástica, muito comum entre as idosas por ser uma atividade indicada para esta faixa etária devido o baixo impacto, seguido de alongamento, caminhada, yoga, ginástica e dança.
CONCLUSÃO:
Esses dados são preocupantes, pois o percentual de sobrepeso somado ao percentual de obesidade da presente pesquisa obteve-se um total de 62,5% de idosas com alto risco de saúde, já que o excesso de gordura pode causar diversos problemas como diabetes, doenças cardiovasculares, hipercolesterolemia etc., muito comum em idosos. Diante disso, é de grande importância e urgência a implementação e avaliação de ações públicas voltadas para a melhoria das condições de saúde dessa população.
Palavras-chave: Idosas, Avaliação nutricional, Atividade Física.