61ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
Comunidade do Puraquequara Plantas Ornamentais mais utilizadas /Manaus –AM - Brasil.
Genicia de Menezes Masulo 1
Suellem Albuquerque Melo 1
Adriana Uchoa Brito 1
Rodolfo P. Melo Moura 1
Ari de Freitas Hidalgo 1
1. Universidade Federal do Amazonas/UFAM
INTRODUÇÃO:

As plantas ornamentais foram inseridas nas paisagens que foram alterada, principalmente na frente ou no entorno das casas. Segundo Guillaumin et al. apud Sardinha(1995) as plantas ornamentais, de maneira geral, são de interesse de populações com alto grau de civilização, as quais resolveram suas necessidades vitais, sendo por isso, muitas vezes vistas como supérfluas. Ainda de acordo com os autores a floricultura constitui-se em uma atividade comercial altamente lucrativa. Na cidade de Manaus é comum observar nos terrenos o cultivo de diversas espécies com a finalidade de enfeitar, sombrear e suavizar a paisagem das residências. Geralmente utilizada para enfeitar, harmonizar e decorar o local. E proporcionar muitos benefícios, como estético e paisagístico, podemos falar em lazer, diversão, distração ao fixar o seu olhar na beleza exuberante de uma planta ornamental. Apesar da grande diversidade de espécies da flora amazônica, estimada em cerca de 60.000 espécies de plantas superiores(COMISSION AMAZONICA DE DESARROLLO Y MEDIO AMBIENTE, 1994), poucas espécies nativas são utilizadas na arborização urbana, principalmente devido ao desconhecimento de informações básicas, como fenologia, formas de propagação, dentre outros. (LORENZI, 2000).

METODOLOGIA:

A seleção das Comunidades do Igarapé Castanheira, localizado no bairro do Puraquequara, em Manaus se deu pela localização e características socioeconômicas de simplicidade dos moradores apresentada onde foram discutidos pelo grupo pesquisador, considerou a semelhança de hábitos das comunidades, a facilidade de acesso, o desenvolvimento de práticas agrícolas tradicionais (hortaliças), uso de plantas ornamentais, o uso de plantas medicinais e o uso de recursos florestais. O estudo foi realizado com a ajuda do líder da comunidade. Utilizou-se o método de investigação de abordagem com visitas domiciliares, entrevistas semi-estruturadas e levantamento botânico das plantas ornamentais cultivadas pelos moradores nos seus quintais e na frente ou no entorno das residências e foram assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido da pesquisa. Foram realizadas 6 entrevistas equivalentes a 40% da população estudada.As informações obtidas foram reunidas em um questionário aplicado onde recolhia dados sobre a nome, idade, quantidade de moradores na casa, quantidade e formas de uso de ornamentais e sua importância no local.

RESULTADOS:

Foram identificadas 28 espécies de uso ornamental na comunidade, distribuídas em 16 famílias botânicas. Apenas a embaúba (Cecropia sp.) era remanescente da flora original, sendo as demais espécies introduzidas na área. As famílias com maior número de representantes foram: Araceae (6), Dracaenaceae (3), Apocynaceae, Liliaceae, Euphorbiaceae e Rubiaceae (2). O gênero mais comumente encontrado foi Caladium, cultivada pelo colorido de suas folhas, as quais apresentavam variações de tamanho e cores. A espécie Caladium bicolor foi a mais comum, sendo encontrada em cinco casas; comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta) era cultivada em três casas, embora alguns moradores tenham feito referência ao aspecto tóxico da espécie. A maioria das espécies encontradas era arbustiva (14) ou herbácea (12), o que pode ser entendido pela facilidade de cultivo em pequenos espaços e em associação com outras espécies. A forma de propagação mais comum era a estaquia (17), seguida de rizomas e bulbos (quatro cada), possivelmente por se tratarem, em sua maioria, de espécies exóticas aclimatadas e que não produziam sementes férteis. Espécies de origem americana eram predominantes, representando 35,7% do total; plantas originárias da Ásia totalizavam 32,1%.

CONCLUSÃO:

O local de cultivo das plantas era, em geral, na frente das casas, sendo a distribuição das espécies feita, aparentemente, sem nenhum critério, seja pelo aspecto, seja pelo porte. Espécies de pequeno porte eram mantidas próximas de espécies maiores, sendo sombreadas por estas. O cultivo era feito em canteiros de chão ou diretamente no solo. Foram identificadas 28 espécies de uso ornamental na comunidade, distribuídas em 16 famílias botânicas. Apenas a embaúba (Cecropia sp.) era remanescente da flora original, sendo as demais espécies introduzidas na área. A maioria das espécies encontradas era arbustiva e herbácea, devido a facilidade do cultivo em pequenos espaços e na associação com outras espécies.. Não foi citado o uso de adubos químicos ou orgânicos nos jardins. A obtenção das plantas era feita mediante troca com vizinhos ou com a introdução de mudas ou de material de propagação obtidos na cidade de Manaus.

Palavras-chave: Amazonia , Ornamentais, Comunidade.