A inclusão social das pessoas com deficiência é um mecanismo legítimo de cidadania. Sob tal ótica é que foi implementado o Programa de Atividades Motoras para Deficientes (PROAMDE), ação de extensão desenvolvida pela Faculdade de Educação Física (FEF), vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Interiorização (PROEXTI), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), contando com a participação de discentes bolsistas e voluntários, profissionais multidisciplinares e o apoio de recursos públicos. Assim, esta pesquisa pautou-se em avaliar os impactos sociais do PROAMDE, verificando se o programa entre os dois pólos de atuação (FEF, Hospital Universitário Getúlio Vargas) proporcionou, às pessoas com deficiência, o desenvolvimento das suas potencialidades motoras através da prática de atividades físicas e esportes adaptados; bem como capacitou acadêmicos de Educação Física e áreas afins para atuarem com este segmento populacional, e estimulou a produção de conhecimento científico através de pesquisas desenvolvidas no programa. O tema em tela é de suma relevância, pois, no Brasil, com especificidade no Estado do Amazonas, ainda não temos uma cultura avaliativa de programas sociais e políticas públicas solidificada, bem como uma frágil publicação na área de deficiência.

Os resultados da pesquisa indicam que as atividades do programa apresentam algumas fragilidades, como: falta de profissionais fixos, transporte insuficiente para atender a demanda, espaço inadequado, inexistência de ginásio adaptado para pessoas com deficiência, carga horária reduzida para as atividades etc. Por outro lado, as ações do programa fomentaram mudanças significativas na vida dos usuários, a saber: desenvolvimento das potencialidades motoras, autonomia, independência e melhoria da auto-estima dessas pessoas, como também capacita acadêmicos das diversas áreas afins da UFAM, especialmente na área da deficiência, e estimula a produção e publicação  de vários trabalho científicos.