O estudo de caráter qualitativo, cuja investigação é Formação Continuada e Prática dos educadores populares do Programa de Letramento Reescrevendo o Futuro. A pesquisa destacou a visão e vivencia presente na atitude natural, mas também, o fenômeno da reflexão crítica do sujeito letrado. O estudo de caso foi feito com: 19 educadores e 239 educandos jovens e adultos na faixa etária de 40 a 65 anos. A Formação Inicial e Continuada ocorreu no total de 120h em seis meses, divida em quatro momentos, com exposições teóricas, seguidas de debates e trabalhos individuais e coletivos. As primeiras 60h visaram o acompanhamento e orientação a prática educativa dos educadores populares, no processo de ensino-aprendizado e sua influencie na escrita e leitura. No segundo, terceiro e quarto momento, com acompanhamento pedagógico de 15h, observando as transformações ocorridas durante o processo de letramento e analise dos documentos: freqüência, provas amplas (português e matemática), fichas de acompanhamento, fichas diagnósticas, plano interdisciplinar e multicultural contemplado as questões ambientais e o espaço do professor. Ao final, elaboração do álbum com sete produções do alfabetizando e uma carta escrita do próprio punho do educando, assim evidenciando o desenvolvimento cognitivo do alfabetizando.

A Formação Contínua e Práticas dos educadores populares apresentaram melhorias no processo ensino/ aprendizagem do letramento. Essa reflexão se dá pela ação do educador, à medida que, as estratégias inovadoras foram apresentadas em sala de aula por meio da construção de material pedagógico e oficinas. O grande avanço do Programa de letramento Reescrevendo o Futuro se deu em 2003 até os dias atuais, com a redução de sujeitos não letrados no município de Juruá/AM. Permitindo assim, articulação entre teoria e a prática sustentando os resultados satisfatórios da pesquisa.

Fica claro, que tanto Formação Continuada quanto a Prática contribuíram para que os educadores populares refletissem sobre suas ações e suas atividades.  Hoje o educador não fala para o educando, mas com o educando, onde as trocas de experiências tornaram-se uma ferramenta essencial para participação. Essa atitude fortaleceu a relação interpessoal e o respeito à diversidade cultural, assim como o trabalhando integrada. Em suma, uma participação consolidada com discussão e debate, fundamentando a teoria e a pratica, e, atendendo a concepção Freiriana, a metodologia de Helosia Villas Boas e as atividades realizadas no período de seis meses. Acredita-se que, a cada encontro, fortalecia a participação e o interesse de todos os envolvidos com o Programa de Letramento Reescrevendo o Futuro.