61ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 14. Ensino Superior
O PAPEL DA INICIAÇÃO CIENTÍFICA NA FORMAÇÃO E VIDA ACADÊMICA DE JOVENS ESTUDANTES DA UFMT
Nayara Gonçalves Del Santo 1
Laura Camara Lima 1
1. Universidade Federal de Mato Grosso/UFMT
INTRODUÇÃO:

Este estudo integra o Projeto de Pesquisa “Estado e Sociedade na Educação da Juventude: perspectivas educacionais de jovens de camadas médias e camadas populares”, vinculado ao Grupo de Pesquisa “Educação, Jovens e Democracia”. Este presente trabalho trata do tema da Iniciação Científica (IC) e a vivência do estudante da graduação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). E queremos deixa esclarecido que entendemos como vivência a utilização dos espaços e recursos, disponibilizados pela UFMT, e uma participação dos eventos proporcionados pela universidade.

Percebemos nos estudantes que fizeram Iniciação Científica, um discurso recorrente sobre uma possível contribuição na formação acadêmica e uma ampliação da vivência do próprio na UFMT após terem passado um ou mais anos na IC. E como forma de constatar ou não esse possível impacto na vida do estudante realizamos essa pesquisa.

METODOLOGIA:

Usamos como método principal e fundamental de pesquisa a entrevista. Foram feitas 9 (nove) entrevistas com discentes da UFMT, do Campus de Cuiabá, que sejam ou tenham sido bolsistas de Iniciação Científica e/ou voluntários de Iniciação Científica. Foram considerados estudantes que até o final de julho de 2008 concluíram seus Relatórios Finais de Iniciação Científicos e também, egressos que já concluíram o mestrado. Também realizamos pesquisa documental em diferentes bibliotecas e sites da internet. E por fim realizamos uma análise das entrevistas tendo como referência os textos encontrados.

RESULTADOS:

Foram feitas nove (9) entrevistas, e a partir delas, coletamos os seguintes dados gerais: das pessoas entrevistadas três (3) eram do sexo masculino e seis (6) do sexo feminino; os sujeitos eram dos cursos de Física, Biologia, Enfermagem, Educação Física, Agronomia, História, Ciências Sociais e Pedagogia. Começaram a fazer Iniciação Científica entre 16 e 23 anos. A maioria estava no primeiro curso de graduação. Os que começaram como VIC (Voluntário de Iniciação Científica) permaneceram por mais outros anos. Desses, dois atualmente fazem mestrado na UFMT. Mostrando assim uma continuidade na área da pesquisa. E quase todos os sujeitos que ainda fazem Iniciação Científica disseram que pretendem continuar na pesquisa, da IC direto para o mestrado. Dos nove (9), seis (6) começaram a fazer Iniciação Científica no 2° ano de curso na UFMT. E apenas dois (2) conheciam o programa de IC antes de entrar na universidade. Esses dados mostram a IC como forma despertadora do interesse na pesquisa entre os jovens universitários.

CONCLUSÃO:

Com base nos dados obtidos, em linhas gerais, concluímos que todos aqueles que foram ou ainda são PIBIC's (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) encaravam a bolsa como uma oportunidade de continuar na universidade trabalhando com algo relativo ao seu curso. A bolsa é um incentivo ao aluno para que ele possa dedicar mais do seu tempo na UFMT. Quase todos os sujeitos antes de entrarem na UFMT não tinham conhecimento do programa e vieram a conhecê-lo através de colegas que haviam feito Iniciação Científica. O que mostra que há uma falta de divulgação desse tipo de atividade na universidade, para os alunos recém-chegados na UFMT. Mas ao mesmo tempo em que constatamos essa falha na divulgação percebemos na falas do sujeito uma reclamação contra a pouca disponibilidade de bolsas. Ou seja, mesmo tendo pouca divulgação da Iniciação Científica na UFMT ainda há uma desproporção grande entre o número de alunos interessados em fazer IC e o número de bolsas disponibilizadas.

Palavras-chave: Iniciação Científica, Vivência acadêmica, Formação acadêmica.