Cumprir a recomendação da Diretriz Médica da Associação Médica Brasileira sobre Assistência Pré-natal, de solicitação da pesquisa de estreptococos do grupo B em vagina e reto em todas as gestantes, entre 35 e 37ª semanas de gestação, é importante para prevenir a morbimortalidade de neonatos. A freqüência da pesquisa na Cooperativa Unimed Porto Alegre é de 18,28% em gestantes, sendo solicitada por 32% dos obstetras. Implementar a Diretriz Clínica é necessário para assegurar a qualidade da atenção à saúde, adequada alocação de recursos e segurança dos usuários.

Objetivos: O alvo é comparar a efetividade de estratégia educacional através de visita realizada por médico consultor, mala direta e grupo controle sem intervenção, na solicitação da pesquisa de estreptococos do grupo B em gestantes pelos obstetras.

241 médicos, que fizeram partos na Cooperativa Unimed Porto Alegre no período de abril a junho de 2008, foram randomizados para grupo consultor médico visitador (n=76), mala direta (n=76) e sem intervenção (n=89). O principal desfecho medido foi a taxa de solicitação/realização de cultura para estreptococos do grupo B nas gestantes com parto, ocorrida no período de 3 meses após as intervenções.

Não houve diferença significativa da quantidade de médicos que solicitam cultura para estreptococos do Grupo B, entre os grupos (p=0,41). Efeito delta pequeno de 5,2% para consultor médico visitador (24/76 x 28/76), 1,3% para mala direta (20/76 x 21/76) e -1,0% para sem intervenção (33/89 x 32/89). Porém, mais gestantes foram testadas, no grupo consultor médico visitador 52/205, mala direta 45/283 e sem intervenção 64/361, sendo a taxa de testagem efetiva estatisticamente significativa (p=0,023).

Na implementação de Diretriz de Assistência Pré-natal, o consultor médico visitador foi efetivo para aumentar a quantidade de gestantes testadas para estreptococos do Grupo B em vagina e ânus, assegurando melhor qualidade da assistência à saúde.