61ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial
A REALIDADE DO TRADUTOR DE LÍNGUA DE SINAIS NA SALA DE AULA INCLUSIVA
Aristonildo Chagas Araújo Nascimento 1
José Carlos Ferreira Souza 1
1. Universidade Federal do Amazonas UFAM
INTRODUÇÃO:
O mundo atualmente vive sob a ótica da inclusão social, isso implica que todos têm direito de ir e vir; ter acesso aos mesmos espaços, independente de limitações ou barreiras, pessoais, sociais e físicas. Com relação às pessoas com deficiência, isso significou que eles passaram a ter o direito de serem reconhecidos como cidadãos, e usufruir dos mesmos benefícios dos “ditos normais”; escola, trabalho e lazer. Porém, constatou-se que algumas adaptações necessitariam ser feitas para que todos pudessem se beneficiar dos espaços públicos e privados comuns. No que se refere a inclusão de alunos surdos, Quadros (2007) lista os problemas que surgem na relação professor, aluno surdo e intérprete de língua de sinais, ocasionando, muitas vezes, batalhas ferrenhas e problemas de ordem ética difíceis de serem resolvidos.
METODOLOGIA:
Para atingir tais objetivos desenvolvemos pesquisas com uma abordagem qualitativa, usando instrumentos de entrevistas semi-estruturadas e grupo focais com os três públicos envolvidos, intérpretes, professores e alunos surdos.
RESULTADOS:
Entendemos que os participantes da pesquisa não são apenas um número em uma tabela e sim pessoas que são co-responsáveis pelo processo de criação e recriação de conceitos, opiniões e conhecimentos, então a abordagem qualitativa respondeu as nossas necessidades e como resultado, percebemos que a política adotada atualmente para atender os alunos surdos é baseada no bilingüismo, pois como o nome já diz, duas línguas, para isso a escola deve adaptar seu projeto político pedagógico para acolher um plano pedagógico em que se fazem presentes duas línguas e não apenas introduzir um tradutor sem fazer com que ele faça parte de um todo e estando em harmonia com todo o processo como aconteceu na instituição pesquisada.
CONCLUSÃO:
A pesquisa nos ajudou a identificar as dificuldades que o tradutor de língua de sinais enfrenta no seu cotidiano, também nos fez compreender que a instituição não pode ser culpada de qualquer carência às expectativas do processo pedagógico pois a mesma não recebeu uma preparação para receber tais alunos com necessidades peculiares. Políticas mais elaboradas fariam com que tal relação do tradutor com os demais participantes do processo se tornasse mais equilibradas.
Instituição de Fomento: FAPEAM
Palavras-chave: Inclusão, Língua de Sinais, Tradutor de Libras.