61ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial
POSSIBILIDADES E INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS COM CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL
Márcia Socorro Florencio Vilar 1, 2
1. Prefeitura da Cidade do Recife
2. Prefeitura Municipal de Olinda
INTRODUÇÃO:

O presente projeto tem o propósito de informar o tratamento dado pela política educacional à questão da prática pedagógica desenvolvida com crianças com Paralisia Cerebral (PC), a partir de uma análise do levantamento de dados referentes aos avanços e entraves desta prática, avaliando-a em relação aos aspectos quantitativos e qualitativos, para verificação de uma atuação mais eficaz do educador, na tentativa de minimizar os estigmas que passam as crianças com tal deficiência, considerando as metas, as ações e as prioridades da prática citada, socializando  possibilidades e intervenções pedagógicas no processo de aprendizagem dessas crianças,para que suas diferenças sejam respeitadas,visando o acesso,a permanência e a participação nas atividades propostas pelo educador,apontando o mesmo e a escola como peças essenciais para o processo de inserção social e constituição do sujeito.Portanto, interessa enfatizar a importância do fortalecimento de uma equipe multidisciplinar para dar subsídio às necessidades do educador.Essa investigação tem a intenção de contribuir com reflexões que sirvam de caminho para ampliação das discussões acerca da política de práticas pedagógicas exigidas no atual contexto educacional ,bem como o aprofundamento  dessa política por parte do educador.

 

METODOLOGIA:

Para o cumprimento da investigação proposta, foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica que discute a temática numa perspectiva reflexiva e questionadora da prática pedagógica com crianças com Paralisia Cerebral, considerando que o referencial teórico, além de servir de parâmetro em termos conceituais, constitui-se como um dos sustentáculos de qualquer atividade investigativa. Também, houve uma análise de documentos referentes ao referido estudo, entrevista previamente estruturada com pais, professores e auxiliares de sala de aula, observações com crianças em sala de aula e no recreio, realizações de debates, palestras com psicopedagogo, psicólogo, terapeuta, professor itinerante.

RESULTADOS:

Verificou-se alguns avanços com relação à prática pedagógica dos professores aplicada em sala de aula com alunos que apresentam PC, bem como a modificação na forma de trabalhar os conteúdos curriculares, onde pode-se observar uma adaptação curricular de acordo com a proposta pedagógica, levando em consideração a individualidade desses alunos, para atender melhor o processo evolutivo dos mesmos e as interferências que limitam as suas funções de interação com o meio.Pois, qualquer sujeito independente do seu comprometimento se relaciona e elabora aprendizagem. É um ser social que estabelece relações vinculares durante toda a sua existência. Também, o reconhecimento de uma criança sem o rótulo de uma doença e o desenvolvimento de habilidades para lidar com as diferenças e dificuldades apresentadas por esses alunos. Além disso, a participação mais ativa do conselho escolar, o apoio dos pais e o envolvimento mais consistente da comunidade e de todos que fazem a escola, a construção de rampas,compra de cadeiras e mesas especializadas,adaptação do refeitório e sanitário,material didático apropriado,barras,portas mais largas,entre outros.

CONCLUSÃO:

Diante do estudo feito, foi percebido que ao escolher o professor para trabalhar com crianças com Paralisia Cerebral, é necessário avaliar o conhecimento e atitude deste.Pois, alguns,ainda, têm uma percepção errada sobre a natureza, as causas, e o que devem fazer.O conhecimento sobre PC é passo inicial para ajudar a criança em seu processo educacional. Quanto mais informado o professor estiver, maior será a chance da criança conseguir um bom desempenho escolar. Verificou-se que a criança com PC pode e deve ser incluída no ambiente escolar com base em suas necessidades, através da elaboração de um plano de intervenção adequado para proporcionar os recursos necessários que permitam a sua implantação. Também, o respeito pelas singularidades da criança, em relação  à situação escolar e à programação didática e as estratégias metodológicas diversificadas. Cabe salientar que não existem métodos de ensino especiais para  ensinar os conteúdos curriculares para esses alunos, mas a preparação do professor para atender a todas as crianças. É importante enfatizar que para  trabalhar com a criança com uma necessidade especial, seja qual for, o professor tem que se desprender do preconceito,tratando-a do mesmo modo que aos outros alunos,sendo-lhe assegurada assistência para este fim.

Instituição de Fomento: Prefeiura da Cidade do Recife e Prefeitura Municipal de Olinda
Palavras-chave: Paralisia Cerebral , Problemas de Aprendizagem, Práticas Pedagógicas .