61ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 1. Antropologia - 8. Antropologia | ||||||||||
PATRIMÔNIO CULTURAL E SUSTENTABILIDADE: IMAGENS QUE TRACEJAM HISTÓRIA E TURISMO NA AMAZÔNIA | ||||||||||
Sandrelany R. Pinho 1 Maria do Perpétuo Socorro Nóbrega Ribeiro 2 | ||||||||||
1. Coordenação de Turismo ESAT- Universidade do Estado do Amazonas 2. Programa de Doutoramento em Antropologia- Universidade de Coimbra | ||||||||||
INTRODUÇÃO: | ||||||||||
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METODOLOGIA: | ||||||||||
Diante da escolha teórico-metodológica adotada o procedimento metodológico pauta-se em uma metodologia compreensiva, que, segundo Bronckart (1999), deve analisar em primeiro lugar documentos e ações e suas relações de interdependência com o mundo social de um lado, e com a intertextualidade de outro. Em seguida, configura-se a análise do conteúdo recolhido e o papel que ele desempenha nas falas advindas do campo. Analisa-se a gênese e o funcionamento das operações mentais e comportamentais implícitas nas imagens em contraponto com a literatura. Neste sentido, o procedimento metodológico de maior relevância do trabalho é a interpretação. Roulet (1999), tomando as considerações de Ricouer apud Roulet (1999), acentua a importância de um procedimento metodológico como esse que, em primeiro lugar, vale-se da interpretação teórica, pressupondo uma etapa intermediária entre o ler, ver e o ouvir para interpretar, que, por sua vez consiste em uma análise amiúde. Assim, neste trabalho é levado em conta, em primeiro lugar, o conteúdo da produção artística e da interpretação de falas, o que implica proceder da forma como a proposta acima. Estamos persuadidas de que esse procedimento científico de análise é adequado, tanto aos propósitos deste trabalho quanto aos pressupostos de uma metodologia compreensiva. Efetuando-se a pesquisa bibliográfica, documental e a recolha de informações no campo onde ocorreram os fatos, configurando a fundamentação necessária para proporcionar a base do mesmo. Houve todo um trabalho etnográfico de observação, descrição e análise dos acervos das diversas instituições que responderam aos anseios deste. Por ser de ordem qualitativa viu em Minayo (1999) o apoio para iniciar a trajetória no campo em busca da melhor explicação sobre o mundo de significados que não pode ser quantificada. Através das explanações de teóricos ampliou-se o conhecimento acerca do imaginário e as leituras sobre Legislação Patrimonial Municipal, Estadual e Federal deram o aporte necessário para compreender a legitimação do bem artístico, além de outros canais que expuseram a questão de forma clara e sucinta para fortalecimentos das idéias expostas. | ||||||||||
RESULTADOS: | ||||||||||
O patrimônio cultural de um povo não está constituído apenas de bens móveis ou imóveis, públicos ou privados, mas de toda manifestação que se origine de conceitos históricos, ambientais, paisagísticos, etnográficos, que em algum momento da história, contribuíram para a firmação da identidade de um grupo social. O cerne da questão é justamente a forma de dar uso aos bens preservados sem retirar o significado destes. Ao proteger os bens culturais de uma sociedade, visa-se na realidade preservar-lhe a identidade cultural, pois, vê-las alterada, leva o indivíduo à perda de referenciais que permitem sua identificação com o local de moradia. | ||||||||||
CONCLUSÃO: | ||||||||||
O imaginário popular representa o patrimônio imaterial que se materializa no labor do dia a dia de um povo, de forma a promover e valorizar a cultura, resgatando o valor da identidade, sem tomar emprestado o poder hegemônico ditado pela mídia, mas, favorecendo a humanidade no momento em que preservar o meio significa melhorar a relação homem/ natureza para um turismo sustentável. Agregar turismo e sustentabilidade cultural pressupõe-se uma base sólida nas especificidades da região a ser promovida pelos diversos segmentos de atividades locais, seja educativa, ecológico ou cultural, perenizando o imaginário ancestral que necessita ser retrabalhado continuamente. A análise de dados mostrou a importância da história contada por Andrade, como impar em seus matizes, imagens, adereços que ataviam as lendas, as cores fortes e os excêntricos traçados retilíneos e sinuosos. O exame dos conteúdos permitiu configurar uma multiplicidade histórica da Amazônia para o usufruto do turismo local no tocante a configuração do patrimônio cultural. | ||||||||||
Instituição de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas | ||||||||||
Palavras-chave: Patrimônio-Cultural, Lendas, Imaginário. |