A pesquisa que desenvolvemos é de natureza qualitativa, embora não deixemos de dar importância, às medições e quantificações que se fizeram necessárias. Para realizá-la, o primeiro passo foi fazer uma verificação da bibliografia acerca do assunto, pela qual constatamos não haver qualquer referência concreta acerca do tema em relação aos cursos de Química no Estado de Mato Grosso. O universo foi composto pelos egressos que colaram grau entre 2003/1 e 2007/1 e que se encontram exercendo a profissão no Estado de Mato Grosso. Num segundo momento, coletou-se os dados por meio de uma pesquisa de campo, na qual o instrumento utilizado foi o questionário, constituído de questões abertas e fechadas, onde procurou-se obter informações acerca do perfil, formação acadêmica e situação profissional atualmente. O questionário aplicado continha instruções identificando o seu caráter e a sua finalidade, e o egresso não precisava se identificar no mesmo, o qual era constituído por 66 questões, sendo 35 questões fechadas, 17 questões abertas e fechadas e 14 questões abertas, distribuídas em quatro blocos A, B, C e D. Também foram utilizados meios de informação como internet, revistas e periódicos, diálogos com professores formados na primeira turma do primeiro curso de Química da Universidade Federal de Mato Grosso e tudo mais quanto possível para compor o trabalho de pesquisa com eficácia, procurando trazer à comunidade acadêmico-científica informações relevantes, claras e objetivas.

Os dados foram analisados de forma tanto qualitativa, quanto quantitativa. A pesquisa mostrou que, em geral, a maioria dos egressos está satisfeito com sua escolha profissional e com as atividades e funções que desempenha. Contudo, revelaram também que os profissionais graduados pelo Curso de Bacharelado em Química pela UFMT, não se consideram capacitados suficientemente para adentrar ao mercado de trabalho, quando concluem o curso e que possuem maior dificuldade de inserção nesse mercado; o estudo mostrou ainda que a inexperiência profissional foi citada como  maior barreira encontrada pelos egressos. Muitos ficam perdidos sem saber que caminho tomar, enquanto que outros, por não saber o que fazer e pela falta de profissionais no Estado, habilitados em licenciatura, acabam em uma sala de aula. Foi possível verificar também que a maioria dos egressos, acreditam possuir vocação para a profissão. Quanto às habilidades investigadas na pesquisa, os egressos do curso de Bacharelado em Química classificaram o trabalho em equipe como a mais importante para o desenvolvimento da profissão; por sua vez, os egressos do curso de Licenciatura Plena em Química, classificaram a boa comunicação como a mais importante.