Uma das maiores propriedades das madeiras é a sua maior ou menor suscetibilidade em ser atacada por organismos xilófagos. Dentre estes, destacam-se os fungos degradadores. Madeiras que apresentam elevada durabilidade natural a esses organismos podem ser destacadas por um alto grau de nobreza, conferindo – lhes um amplo espectro de utilização e, conseqüentemente, tornando-se mais valorizada no mercado. Sabe-se que o grau de resistência aos agentes biológicos é muito variável entre as madeiras, sendo um grande número destas caracterizadas por apresentarem elevada resistência aos ataques de insetos e fungos degradadores. Entre os fungos responsáveis pelo apodrecimento da madeira destaca-se a classe dos basidiomicetos, a qual pertence o fungo Pycnoporus sangüíneos, responsável pela podridão branca. Este fungo foi estudado com o intuito de investigar o melhor aproveitamento de seu potencial biotecnológico. Foi realizado estudo sobre a influência do meio de cultura, pH e tipo de substrato natural (madeira), no crescimento deste fungo.

     A linhagem utilizada neste estudo foi a de Pycnoporus sangüíneus coletadas nas serrarias de Parintins/Am. A inoculação do fungo ocorreu em meio Agar Sabourand 4% e meio BDA, ambos acrescidos de ampicilina 500 mg, utilizando-se glicose como principal fonte de carbono e mantidos em temperatura ambiente, em torno de 30°C-35°C. Segundo metodologia proposta por Bettucci & Guerrero (1971), foi realizada uma medição diária para cada meio de cultura a intervalo regular de 24 horas,  durante sete (07) dias após crescimento micelial. As amostras de madeira coletas   tinham em média 20 cm e foream armazenadas em sacos de papel e encaminhadas para o laboratório de biologia CESP/UEA, para determinação de pH, onde primeiramente era necessário  verificar se o pH da água destilada e desionizada estava neutro, depois coloca-se a madeira no Becker com água, deixa em repouso por 2 horas e confere-se o resultado do pH.

O meio Sabourand, no qual a maior velocidade de crescimento foi obtida a partir do terceiro dia,  enquanto que o meio BDA, o crescimento ótimo foi já a partir do segundo dia. Com isso foi possível observar a preferência do fungo ia por meio BDA  pois, já manifestou raios de crescimento nas primeiras 12 horas após a inoculação. Segundo metodologia proposta por Castro e Silva 2002, após confirmar a neutralidade da água destilada e desionizada com o uso de peagâmetro, foi adicionada 100g de amostra da madeira em um becker com 100 mL de água, este teste foi realizado em triplicatas. O material esteve em repouso por cerca de 2 horas, então foi verificado o pH da madeira. Para confirmar o resultado, foi repetido o procedimento 2 horas depois, e então confirmado o pH da amostra analisada. O teste foi realizado para os dois tipos de madeiras coletados, sendo obtido pH 4,78 para macacaúba e pH 5,51 para muiracatiara, o que confirma a preferência dos fungos por meio ácido.