61ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 1. Análise de Controle de Medicamentos
AVALIAÇÃO DA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ
Grazieli Freitas Ortega 1
Priscila Golçalves Campos 1
Sidney Edson Mella Junior 2
José Gilberto Pereira 2
1. Curso de Farmácia e Bioquímica do Centro Universitário de Maringá - CESUMAR
2. Orientadores. Centro Universitário de Maringá - CESUMAR
INTRODUÇÃO:
No processo de construção do Sistema Único de Saúde (SUS) no país, a atenção básica, prestada pelos Núcleos Integrados de Saúde (NIS), vem assumindo papel relevante. Nesse contexto é necessário que as ações desenvolvidas na Assistência Farmacêutica acompanhem esse processo, pois ainda está deficiente. A prestação adequada da Assistência Farmacêutica é um dos desafios impostos aos gestores do SUS, sendo a dispensação de medicamentos a responsabilidade central. Os medicamentos são administrados com o propósito de prevenir, curar, controlar ou reduzir uma patologia, no entanto, não são substâncias inócuas, o risco de morbimortalidade relacionada com estes é grande. É necessário uma dispensação responsável, envolvendo questões de cunho legal, técnico e clínico, pois a dispensação não é troca de mercadorias por receita médica, tão ou mais importante que o medicamento recebido pelo usuário, é a informação envolvida. Porém, há falta de profissional habilitado para a execução dessa ação em grande parte da rede pública de saúde. Assim, a pesquisa tem por objetivo avaliar a dispensação de medicamentos nos NIS caracterizando se há coleta de informações do usuário e orientações necessárias à terapêutica, quem é o responsável pela dispensação e o tempo transcorrido visando identificar problemas.
METODOLOGIA:

A coleta de dados, sob autorização da secretaria de saúde, foi realizada nas farmácias de 17 (dezessete) NIS da rede pública do município de Maringá-PR, através de uma planilha de observação com variáveis que caracterizam o processo realizado pelo dispensador. Os dados foram posteriormente compilados e tratados estatisticamente por meio do Programa Estatístico SPSS, analisados e discutidos diante de literaturas encontradas a respeito do assunto.

RESULTADOS:

Os dados indicam que em relação à coleta de informações do usuário, 98,8% dos dispensadores não questionaram se o usuário havia compreendido o esquema terapêutico, 100% não questionaram se o usuário era alérgico a algum tipo de medicamento, entre outros. Em relação à responsabilidade da dispensação, dentre os perfis profissionais encontrados, na maioria (60%) eram realizadas por auxiliares de enfermagem e na minoria (3,5%) eram realizadas por farmacêutico. Obteve-se como um dos resultados relativos às orientações necessárias da terapêutica para o usuário, que os dispensadores não informaram a forma correta de administrar o medicamento e não informaram algumas reações adversas em 70,6% das observações. E o tempo médio de dispensação encontrado foi de 2,804 minutos.

CONCLUSÃO:
Diante dos dados apresentados, espera-se que os gestores da saúde identifiquem suas realidades locais, provendo-se de recursos humanos qualificados para melhoria da qualidade da Assistência Farmacêutica na rede pública, assim refletindo em impacto positivo sobre as condições de saúde da população.
Instituição de Fomento: Programa de Bolsas de Iniciação CIentífica do Cesumar - PROBIC
Palavras-chave: Assistência Farmacêutica, Pessoal de Saúde, Saúde Pública.