Analisar a Trajetória até a universidade de Mulheres Negras que Trabalharam ou ainda trabalham como Empregadas domésticas.

Para desenvolvermos esta pesquisa buscamos apoio bibliográfico de Kabenguele Munanga, Heleieth Saffioti, Margareth Rago, e Israild Giacometti Chinali entre outros que trouxeram ao debate as três contradições básicas da sociedade: gênero, classe social, e raça/etnia.
 Entrevistamos alunas do Serviço Social que vivenciam ou vivenciaram a condição de trabalhar como empregadas domésticas em casa de família, que se dispuseram a fornecer as informações acerca das suas experiências.

Os resultados da pesquisa revelam que ainda persiste no Brasil a discriminação étnico/racial e de gênero, e que as mulheres negras são as que mais sofrem pelo fato de nelas incidirem as três contradições básicas da sociedade: de classe social, de gênero e étnico-racial. Quando conseguem ingressar num curso universitário, a luta contra as discriminações são acrescidas da luta pela permanência na universidade.

A história do povo negro no Brasil precisa ser sempre lembrada e discutida, para não permitir que se repita tal injustiça social, com qualquer povo, bem como para fortalecer as suas lutas em busca de novos horizontes e justiça social. Desenvolver esta Pesquisa me fez refletir no quanto é difícil a conquista de um sonho. Mas, ao mesmo tempo ser negra e empregada doméstica não foi um empecilho para conquistar um espaço em uma Universidade que é a segunda melhor do Brasil.