61ª Reunião Anual da SBPC |
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 2. Química Ambiental |
AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO DE ÁGUAS E DE ESGOTOS DESPEJADOS NO RIO POTI NO PERCURSSO QUE CORESPONDE A AREA URBANA DE TERESINA. |
Vivane Lopes Leal 1 Izabele Folha Damasceno 1 Edmilson Miranda de Moura 1 |
1. Departamento de Química - UFPI |
INTRODUÇÃO: |
O monitoramento da qualidade da água é um dos principais instrumentos de sustentação de uma política de planejamento e gestão de recursos hídricos, pois funciona como um sensor que possibilita o acompanhamento do processo de uso dos cursos hídricos, apresentando seus efeitos sobre características qualitativas das águas, visando subsidiar as ações de controle ambiental. Através de alguns parâmetros físicos e químicos pode-se determinar o grau de poluição e de contaminação da água quando associados às atividades antrópicas. O rio Poti é de grande importância para a região nordeste e vêm sofrendo com as agressões que são conseqüências das atividades humanas, originando mudanças em seu regime hidráulico e físico-químico, o rio apresenta enorme importância na obtenção de pescados, materiais para construção civil e também é utilizado para despejos de efluentes de suas lagoas de estabilização e diversas galerias que laçam seus efluentes durante o ano todo. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo fazer o monitoramento de alguns parâmetros físicos e químicos (pH, condutividade, cloreto, magnésio, dureza, oxigênio dissolvido (OD), nitrito e nitrato) da água do rio Poti e de esgotos lançados no mesmo no perímetro urbano de Teresina. |
METODOLOGIA: |
Foram realizadas quatro coletadas nos meses de set/2007, dez/2007, mar/2008 e jun/2008. Os pontos de amostragem foram selecionados e divididos em 14 pontos, sendo que 9 correspondem à água e 5 corresponde a esgotos que são despejados no rio Poti. |
RESULTADOS: |
Os parâmetros analisados neste trabalho possuem importância ambiental e por isso os resultados foram discutidos comparativamente com aqueles citados na Resolução do CONAMA 357/2005 e Portaria 518 do Ministério da Saúde, para assim podermos inferir sobre a sua classificação. Os resultados obtidos mostraram que os valores para pH e Cl- estão dentro dos valores estabelecidos pela legislação que é de Os resultados dos parâmetros físico-químicos para as amostras de esgotos revelaram que, as concentrações de OD apresentaram valores menores que os encontrados nas águas do rio enquanto que as medidas de condutividade, Cl-, NO3- e NO2- apresentaram valores maiores, indicando, portanto, que estes esgotos despejados no leito do rio Poti, sem nenhum tratamento prévio, são os principais poluidores do mesmo. |
CONCLUSÃO: |
A partir dos resultados obtidos até o momento, pode-se perceber que alguns parâmetros analisados, ficaram fora da especificação exigidas para que as águas sejam classificadas na classe 1, com destaque para o oxigênio dissolvido e condutividade elétrica, que apresentam concentrações fora da faixa permitido pela legislação brasileira para todos os pontos analisados, ou seja, os valores encontrados para oxigênio dissolvido e condutividade elétrica sugerem que as águas do rio Poti devem ser classificadas na categoria 3. As baixas concentrações de oxigênio, alta concentração de cloreto e a elevada condutividade indicam que os esgotos despejados no rio Poti apresentam uma alta carga de poluição, ou seja, se os órgãos competentes não tomarem providencias no sentido de ampliar a rede de esgotos tratados de Teresina o rio Poti poderá em breve tornar-se ainda mais impróprio para atividades de contatos primários. |
Instituição de Fomento: CNPQ |
Palavras-chave: Rio Poti, Monitoramento, Poluição. |