61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 6. Bioquímica
AVALIAÇÃO DO EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE Nasturtium officinale R. BR., BRASSICACEAE NA CICATRIZAÇÃO
Patrícia Maria Stuelp Campelo 1
Cleverton Luiz Pirich 1
Selene Elifio Esposito 1
Silvana Maris Cirio 1
1. PUC-PR
INTRODUÇÃO:
O uso popular de plantas medicinais para o tratamento de diversos males é uma prática muito antiga. Entre os vários exemplos pode-se citar o Nasturtium officinale (agrião), popularmente indicado para cicatrização de feridas. Porém não existe nenhum relato científico utilizando um tratamento tópico à base dessa planta que comprove este efeito.
METODOLOGIA:
Foram produzidas lesões retilíneas medindo 4 cm, em 36 ratos machos. Em seguida foi aplicado o tratamento somente com o creme base (grupo controle) e creme base incorporado com extrato aquoso de agrião a 5% e 10% (A5 e A10, respectivamente). Nos dias 3, 7, 14 e 21 após o ato cirúrgico, as lesões foram medidas com auxílio de um paquímetro e 3 animais de cada grupo foram eutanasiados para preparo de lâminas da lesão para análise microscópica. As lâminas foram coradas com hematoxilina-eosina para observação da presença de fibroplasia, infiltrado inflamatório e epitelização, e com picrosirius e tricrômico Mallory para visualização e análise de colágeno. As lâminas de 21 dias foram preparadas somente daqueles animais que ainda apresentavam lesão.
RESULTADOS:
As medidas das lesões mostraram que os animais dos grupos teste tiveram uma melhor evolução da contração da ferida que o grupo controle, sendo melhor no grupo A10. Em 21 dias somente os animais dos grupos testes apresentaram animais com cicatrização completa, sendo 16% em A5 e 83% em A10. As análises histológicas demonstraram que no 7° dia os grupos teste apresentaram uma maior deposição de tecido conjuntivo e maior IMaC (índice de maturação do colágeno) que o grupo controle. No 14° dia, os grupos testes mostraram uma maior presença de fibrócitos, maturação da epiderme mais rápida e maior IMaC que o grupo controle, sendo mais evidente no grupo A10. Aos 21 dias, notou-se que os animais do grupo teste que ainda apresentavam lesão continuavam apresentando maior IMaC que o grupo controle.
CONCLUSÃO:
A utilização de um creme base incorporado com extrato de agrião acelerou a cicatrização em relação ao grupo controle, sendo mais eficaz na concentração de 10%.
Instituição de Fomento: PUC-PR
Palavras-chave: Nasturtium officinale, Agrião, cicatrização.