61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 14. Zoologia - 6. Zoologia
 Criação de de Orthezia praelonga Douglas (Hemiptera: Ortheziidae) em citros para uso em bioensaios.
Maiara da Silva Gonçalves 1
Beatriz Ronchi Teles 1
1. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
INTRODUÇÃO:

 

A cochonilha Ortezia praelonga Douglas, 1891 (Hemiptera: Ortheziidae), é nativa da América Tropical e teve seu primeiro registro no Brasil em 1938, no estado de Pernambuco. Passou a ser considerada uma praga de importância econômica em 1954, após um surto em plantios de citros no Rio de Janeiro. É um tipo de cochonilha sem carapaça, o que lhe confere elevada mobilidade. Possui lâminas de cerosidade no dorso e margens do corpo, que servem para facilitar a aderência a outros tipos de materiais, garantindo sua dispersão por longas distâncias. É encontrada em todos os estados do país e prejudica a planta de forma direta e indiretamente: sugando a seiva da planta além de introduzir toxinas e causando fumagina. O emprego de substâncias extraídas de plantas no controle biológico tem as vantagens de SER biodegradáveis, apresentar menores custos de produção e interferir severamente no metabolismo dos organismos. O Nim (Azadirachta indica) é a espécie mais estudada e utilizada devido a sua alta eficiência e baixíssima toxicidade em humanos.

 

METODOLOGIA:

Para a criação das ninfas de ortézia, foram obtidos 20 exemplares de mudas limão Tahiti (Citrus latifolia) para servirem como hospedeiras da cochonilha. Os adultos foram obtidos em plantios de citros infestados nos arredores de Manaus. Para cada muda foram colocadas de uma a duas fêmeas com ovissaco bastante desenvolvido. A monitoração do desenvolvimento das ninfas foi feita a cada dois dias na casa de vegetação do INPA.

RESULTADOS:

Em Outubro de 2008, foram infestadas 10 das plantas de limão Tahiti com adultos de ortézia. A segunda infestação ocorreu em Novembro, em mais seis plantas. Para cada infestação, foram colocadas fêmeas adultas com ovissaco bastante desenvolvido. Após a eclosão das ninfas, as fêmeas apresentaram três estádios ninfais com duração média de 42 dias.

CONCLUSÃO:

As infestações foram bem sucedidas em 16 mudas, das 20 que serão utilizadas, e espera-se após a aplicação dos extratos um alto índice de alterações fisiológicas nas ninfas que estão se desenvolvendo.

Instituição de Fomento: CNPq
Palavras-chave: ortezia, nim, bioinseticidas.