61ª Reunião Anual da SBPC
H. Artes, Letras e Lingüística - 4. Lingüística - 1. Lingüística Aplicada
CONFIGURAÇÃO DE ABORDAGEM E PROCEDIMENTOS DE APRENDER LÍNGUA DE UMA TURMA DE ALUNOS ESTRANGEIROS UNIVERSITÁRIOS DE PLE.
Suiane Bezerra da Silva 1
José Carlos Paes de Almeida Filho 1
1. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA/UnB
INTRODUÇÃO:
Este projeto de IC teve como propósito analisar dados levantados a respeito das práticas espontâneas de estudo de alunos estrangeiros de português como segunda (ou terceira) língua matriculados num programa específico da UnB. A primeira análise partiu das estratégias utilizadas por esses alunos para aprender o português. Em seguida, buscou-se identificar qual a abordagem de aprender essa língua-alvo dos aprendizes, consciente ou sub-consciente. As abordagens estruturalista e comunicacional formam na literatura dois pólos de forma a constituir um contínuo no qual os aprendizes foram inseridos. A pesquisa procura dar uma continuidade a um projeto maior (Projeto Formar, cf. www.pgla.unb.br) ,ar, cf. onal formarque busca também analisar procedimentos de ensino-aprendizagem de língua a partir de pressupostos e procedimentos discutidos em Almeida Filho (1993 e 1999).
METODOLOGIA:

A pesquisa iniciou-se pela leitura e fichamento de algumas fontes bibliográficas com o objetivo de embasar a pesquisa em fundamentos teóricos adequados. Em seguida, observações de aula foram feitas com o intuito da coleta dos registros. Feito isso, um questionário foi aplicado aos aprendizes contendo indagações como idade, grau de escolaridade, motivação para aprender o português e, como ponto crucial da pesquisa, o que faziam para desenvolver o seu português quando não estavam em aula. Por fim, os dados foram analisados e as devidas considerações estabelecidas.

RESULTADOS:

Ao final desse esforço de pesquisa obteve-se um perfil detalhado da cultura de aprender de cada participante. Identificou-se também se os seus procedimentos de estudo condiziam com a abordagem que eles declaravam possuir, ou mesmo, com a abordagem empreendida pelo professor na sala de aula. Crenças foram reveladas a respeito da concepção de como é aprender uma nova língua como o Português. Uma visão “de aprender a aprender” com repercussão para o trabalho do professor além da língua em si foi despertada no pesquisador como desdobramento da realização desta pesquisa.

CONCLUSÃO:

Através deste estudo sobreveio a consciência de que a observação do processo real constitui-se como de muito proveito para o estudo de língua(s) em Lingüística Aplicada. O produto fornecerá conhecimento importante para os interessados em melhorar as condições de ensino baseando-se nos dados expostos e nos resultados obtidos. Parece-nos necessário, também, mostrar ao aprendiz a responsabilidade e autonomia que ele deve ter no seu processo de aprendizagem. Muito se escreve sobre a autonomia no ensino de língua ser um divisor de águas para a obtenção de sucesso ou não por parte do aprendiz. É claro que não se procurou uma fórmula mágica para o bom aprendizado, porém, buscaram-se melhorias para um eficaz aproveitamento do que é ensinado. Os resultados obtidos são de valia também para os pesquisadores na área de Lingüística Aplicada, visto que o interesse dessa ciência é facilitar os processos sociais mediados pela linguagem. Para os realizadores da pesquisa, ficou um grande saldo positivo e uma esperança em modificar certas deficiências tanto com relação aos aprendizes, quanto com relação aos meios com os quais se constrói o processo global de ensinar e aprender novas línguas.

Instituição de Fomento: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Palavras-chave: estratégias de aprendizagem, abordagens de ensino, português como segunda língua.