61ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia |
TRATAMENTO DE SEMENTES DE TOMATE COM PRODUTOS DE AÇÃO BACTERICIDA |
Jerusa Maia e Sá 1 Margarida Goréte Ferreira do Carmo 1 |
1. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/ Departamento de Fitotecnia |
INTRODUÇÃO: |
O tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.), está sujeito ao ataque de várias fitobacterioses, destacando-se a “mancha bacteriana” ou “pústula bacteriana”, causada por Xanthomonas vesicatoria (Xv.) (Jones et al., 1998), por ser altamente destrutiva, provocando perdas tanto na quantidade quanto na qualidade dos frutos (Kimura e Carmo, 1996). A bactéria pode estar associada às sementes, infectando-as, e ser eficientemente transmitida para as plântulas facilitando sua introdução em novas áreas de cultivo e a sua disseminação. Medidas de caráter preventivo para controle da doença, como o uso de sementes sadias ou com níveis de contaminação aceitáveis, associados ao uso de práticas de rotação por pequenos períodos, tratamento das sementes, manejo da irrigação e eliminação dos restos culturais são essenciais para o controle da doença podendo serem complementadas com aplicação de produtos de ação bactericida. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a eficiência de substâncias de ação bactericida no controle de patógenos transmitidos por sementes e na proteção destas contra fungos de armazenamento. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi realizado de janeiro a julho de 2008 no Laboratório de Epidemiologia e Patologia de Sementes do Departamento de Fitotecnia da UFRRJ. Sementes de tomate cultivar Perinha Água Branca, foram pré-tratadas em solução de hipoclorito de sódio (0,5%) e em seguida inoculadas com X. vesicatoria por meio de infiltração à vácuo (Bashan e Assouline,1983). A suspensão bacteriana foi preparada em solução tampão fosfato – STP ( |
RESULTADOS: |
Não foi observado efeito significativo dos tratamentos sobre a porcentagem de umidade das sementes aos zero, 30 e 60 dias após a inoculação e aplicação dos tratamentos (Tabela 1). Na avaliação realizada pré-armazenamento das sementes, com base no teste de germinação, observou-se efeito significativo do procedimento de inoculação e de tratamentos das sementes, bem como da interação entre estes sobre a velocidade de germinação, avaliada aos 5 dias, a porcentagem de plântulas normais, danificadas e de sementes não germinadas avaliada aos 14 dias. Na avaliação realizada aos 30 dias, observou-se efeito significativo da inoculação e dos tratamentos, bem como da interação sobre todas as variáveis avaliadas, exceto de inoculação sobre a porcentagem de plântulas danificadas e deterioradas lesionadas avaliadas aos 14 dias e da interação entre estes sobre a porcentagem de plântulas danificadas e deterioradas infestadas. Aos 60 dias, foi observado efeito significativo da inoculação e tratamentos e da interação entre estes sobre todas as variáveis analisadas, exceto o efeito da inoculação sobre a porcentagem de plântulas danificadas (Tabela 2). A densidade microbiana associada às sementes impediu a quantificação de X. vesicatoria e, portanto, a avaliação da eficiência dos tratamentos em seu controle. |
CONCLUSÃO: |
A flora microbiana das sementes dificulta a quantificação de X. vesicatoria e a avaliação de métodos de tratamento para o seu controle. Embora alguns tratamentos tenham favorecido a germinação das sementes de tomate, este efeito não foi observado nas parcelas com sementes inoculadas. Novos ensaios precisam ser realizados. |
Instituição de Fomento: Capes |
Palavras-chave: Xanthomonas vesicatoria, Tratamento de sementes, Lycopersicon esculentum Mill.. |