61ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 5. Medicina Veterinária - 1. Clínica e Cirurgia |
ANÁLISE PROTÉICA DO HUMOR AQUOSO DE CÃES CLINICAMENTE SADIOS |
Rômulo Vitelli Rocha Peixoto 1 Paula Diniz Galera 2 Mário Sérgio Almeida Falcão 3 Elida Geralda Campos 4 Túlio César Ferreira 4 |
1. Residente Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (FAV/UnB) 2. Profa. Dra. Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (FAV/UnB) 3. MSc. Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (FAV/UnB) 4. Laboratório de Biologia Molecular da Universidade de Brasília |
INTRODUÇÃO: |
O humor aquoso é um ultra filtrado plasmático, produzido pelo corpo ciliar por processos passivos (difusão e ultra filtração) e ativos (transporte ativo contra um gradiente de concentração). Cabe a ele a manutenção do formato do bulbo ocular, bem como o fornecimento de nutrientes e a remoção de resíduos de estruturas avasculares como a córnea e a lente. Estruturas do corpo ciliar formam a barreira hemato-aquosa, cuja função é impedir que substâncias de alto peso molecular venham a fazer parte da composição do humor aquoso. A desestabilização desta barreira por inflamação, fármacos ou após paracentese de câmara anterior, leva a um aumento significativo na quantidade de proteína do humor aquoso. Mediante a escassez e concordância dos valores de concentração protéica do humor aquoso de cães hígidos, objetivou-se a condução deste trabalho, visto que doenças como a Leishmaniose e Toxoplasmose acarretam alterações na composição do humor aquoso. |
METODOLOGIA: |
Foram analisadas amostras de humor aquoso de 22 animais sem raça definida, adultos, machos e fêmeas, com o peso variando de |
RESULTADOS: |
As amostras foram submetidas ao teste colorimétrico de Bradford, neste estabeleceu-se uma curva padrão com albumina sérica bovina (BSA) (R2=0,9967), e segui-se a leitura das absorbâncias das amostras. As absorbâncias foram substituídas na equação da curva padrão e a concentração protéica foi estabelecida. A média no olho direito foi de 32,48 μg/dL (amplitude: 16,14 – 54,72) com desvio padrão de 10,45; já no olho esquerdo a média foi de 35,55 μg/dL (amplitude: 15,52 – 53,79) com desvio padrão de 10,89. Não foi encontrada diferença significativa entre os olhos. Quando comparados somente os machos a média no olho direito foi de 34,70 mg/dL (amplitude: 16,14 - 54,72) com desvio padrão de ± 11,63 e no olho esquerdo a média foi de 36,42 mg/dL (amplitude: 21,08 - 53,79) com desvio padrão de ± 10,51. As fêmeas apresentaram média de 28,59 mg/dL (amplitude: 16,14 – 41,14) com desvio padrão de ± 7,04 no olho direito; e média de 34,03 (amplitude: 15,52 – 51,32) com desvio padrão de ± 12,12 no olho esquerdo. Não foi encontrada diferença significativa entre machos e fêmeas (P< 0,05). |
CONCLUSÃO: |
Os resultados encontrados neste trabalho vão de encontro os valores de referência para a concentração protéica de cães hígidos, visto que na literatura valores até 38 μg/dL são considerados normais por alguns autores. Assim o teste colorimétrico de Bradford, feito com uma curva padrão com o R2 alto é um ótimo teste para o estabelecimento da concentração protéica do humor aquoso de cães. Deste modo com a padronização da técnica a análise protéica do humor aquoso poderá ser usada como meio diagnóstico para doenças com manifestações oculares como Leishmaniose e Toxoplasmose. |
Instituição de Fomento: CNPq |
Palavras-chave: Humor Aquoso, Proteínas, Bradford. |