61ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
DOR E CERVICALGIA NA DISFUNÇÃO  TEMPOROMANDIBULAR  APÓS INTERVENÇÃO  POR LASER DE BAIXA POTÊNCIA
Ana Paula Fernandes De Angelis Rubira 1
Laurise Sousa Oliveira 1
Marcelo Custódio Rubira 1
1. Departamento de Fisioterapia - FSL
INTRODUÇÃO:

As disfunções temporomandibulares também chamadas de distúrbios craniomandibulares constituem um conjunto de doenças que afetam não somente a articulação temporomandibular (ATM), mas também as áreas extrínsecas às articulações (Manfredi; Silva; Vendite, 2001). Trata-se de uma síndrome caracterizada por dor orofacial, envolvendo musculatura mastigatória, região craniocervical e região da ATM. A prevalência de dor nas regiões craniofacial e cervical representam uma média de 10-20%, com freqüência de co-existência da dor em ambas regiões (Svensson et al., 2004). kirveskari et al. (1988), em seu estudo também mostra que a cervicalgia é um sintoma comum em pacientes com DTM. Na prática clínica do fisioterapeuta é comum lidar com situações na qual podem existir relatos de cervicalgia e cefaléia, associados, e que quando o tratamento é direcionado para cervicalgia, a cefaléia diminuiu ou desaparecia (Hammill; Cook; Rosecrance, 1996). Um dos recursos utilizados para diminuição do quadro álgico é a Terapia a Laser de Baixa Potência (LLLT).  O estudo avaliou os efeitos do uso do Laser de Baixa Potência sobre a sintomatologia dolorosa da cervicalgia em pacientes com DTM miogênica crônica.

METODOLOGIA:

Participaram do estudo 14 jovens, gênero feminino, média de idade de 23,79 ± 5, 63 anos, com ausência de doenças e sem uso de medicação analgésica ou antiinflamatória, com queixa de DTM selecionados pelo Índice Anamnésico de Fonseca (1992) e diagnosticados pelos critérios do RDC/TMD (Research Criteria Diagnostic/Temporomandibular Disorder) apresentando dor crônica miofascial. Após serem esclarecidas a respeito da natureza do estudo e  assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido,  as voluntárias foram tratados com laser AsGa de baixa potência, num comprimento de onda de 904 nm, técnica pontual, contato e área de 1,0 cm2 de dispersão, ângulo de 90 graus, forma contínua, com energia de 3 joules (J). O tempo de exposição foi de 40 segundos, com pontos eqüidistantes de 1,0 cm sobre o músculo masséter, numa freqüência de 3 vezes por semana em dias intercalados, totalizando 10 sessões de tratamento. A dor na DTM e na Cervicalgia foi quantificada pela EVA (escala visual analógica). 

RESULTADOS:

As voluntárias com DTM apresentaram diferença estatística significante com relação à dor na ATM quantificada na escala analógica visual (milímetros) após a terapia com laser (3,93±2,62 ; 0,55±0,78, p<0,001). A dor na cervical apresentou diferença estatística significante antes e após o tratamento com Laser  de baixa potencia (3,6±3,0 ; 0,81±1,12 , p<0,002).   Houve correlação da diminuição da dor na ATM com a diminuição da dor  cervical após aplicação do laser na DTM, estatisticamente significante com r= 0,735 e p< 0,003. 

CONCLUSÃO:

O tratamento pela terapia por laser de baixa potência foi eficaz na diminuição da dor por promover analgesia e conseqüente relaxamento do músculo masseter, diminuindo a tensão nas estruturas associadas como da região cervical.

Instituição de Fomento: CNPq
Palavras-chave: DTM, DOR, CERVICALGIA.