61ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial
    IMPRESSÕES ATINENTES À PRÁTICA PEDAGÓGICA COMO CAMINHO PARA O EMPODERAMENTO DOS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL.
Maria Galgane Nunes Soares Costa 1
Francisca Glaudinete Viana 1
1. Prefeitura do Recife - PE
INTRODUÇÃO:

As pessoas com deficiência intelectual ao longo da história foram desempoderadas, ou seja, não tinham sequer o direito de assumirem determinadas posturas, no que diz respeito ao gerenciamento de suas vidas. Como reescrever essa história, a partir de práticas pedagógicas não mais sustentadas em pressupostos alienantes e excludentes é uma questão que se coloca em pauta.  Para responder a essa questão realizamos o estudo que teve como objetivo analisar o impacto da prática pedagógica no processo de construção e de produção do conhecimento no que concerne aos estudantes com deficiência Intelectual.

 

METODOLOGIA:

O estudo realizado foi de cunho qualitativo por entendermos que, a compreensão do processo de aprendizagem é fundamental para nos aproximarmos do objeto de estudo, neste caso, o aluno. Para responder ao objetivo do que foi proposto, foram realizadas pesquisas embasadas em estudos teóricos e consequentemente, em práticas pedagógicas inovadoras realizadas por Educadores da Rede Pública do Município do Recife. A pesquisa desenvolveu-se em Escolas do referido município com a participação de Técnicos Educacionais da Prefeitura do Recife, Professores Itinerantes, Professores que atuam com Atendimento Educacional Especializado, Professores de Sala Especial, e Professores do Ensino Comum Regular. Para coleta de dados realizamos observações nos variados espaços de aprendizagens, onde os estudantes transitam no cotidiano escolar.

 

RESULTADOS:

Ao observações feitas no contexto escolar com alunos com deficiência intelectual mostrou que é possível trabalhar integrando e incluindo estudantes com ou sem deficiência em salas de aula do ensino regular comum, "ou não". Nessa perspectiva, favoreceu maior possibilidade de oportunidades a todos os envolvidos direta ou indiretamente no processo de ensino e de aprendizagem, apropriando-se de práticas vivenciais cotidianas, e de um convívio salutar, onde se pôde perceber a construção e a produção de conhecimentos, embasados numa prática pedagógica de respeito às diferenças, às potencialidades e as adversidades existentes no dia-a-dia, sobretudo nos espaços intra e extra escolar. Os estudantes, sendo objeto do nosso trabalho, foram à medida do possível, vistos como pessoas capazes de aprender, com base nas suas Competências e Habilidades favorecendo assim, um ambiente de autonomia, independência e empoderamento os quais poder? ?o conquistá-los e levar para a sua vida.

 

CONCLUSÃO:

A pesquisa realizada possibilitou reflexões sobre a prática pedagógica dos sujeitos envolvidos na pesquisa, sinalizando caminhos para o desenvolvimento de competências e habilidades que favoreceram aos estudantes com deficiência intelectual, conquistarem o direito de fazerem suas escolhas, tomarem suas decisões, uma vez que foram respeitados e orientados positivamente, nesse sentido. Por outro lado, ficou evidente que as escolas precisam romper com práticas segregadoras, automatizadas, excludentes, onde os objetivos previstos não servem de norte para o sucesso do estudante, ainda existentes no dia a dia escolar, a fim de que os estudantes com deficiência intelectual possam se posicionar diante de situações de aprendizagem em que estão expostos, enfrentando desafios, refletindo e agindo de maneira coerente ao se depararem com situações novas, imprevistas, e ao mesmo tempo se instrumentalizando e se apropriando de forma autônoma e independente, frente ao conhecimento formal, potencializando, assim, sua capacidade de empoderamento cognitivo, afetivo, e sócio-cultural.

Instituição de Fomento: Gerência de Educação Especial - Recife PE
Palavras-chave: Autonomia, Independência, Empoderamento.