61ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 6. Recursos Florestais e Engenharia Florestal
Fluxo de energia e índice de desempenho do fotossistema II em plantas de espécies arbóreas submetidas a dois ambientes de luz
Diogo Gato Guimarães 1
Carlos Eduardo Moura da Silva 1
José Francisco de Carvalho Gonçalves 1
1. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
INTRODUÇÃO:
A adaptação de plantas sob condições limitantes de irradiância pode ser investigada pela eficiência do uso da energia disponível (Gonçalves et al., 2007) Tendo em vista a necessidade de sabermos, de fato, a eficiência no uso dessa energia, esse trabalho teve como objetivo investigar o fluxo energético e o índice de desempenho (PIABS) em espécies arbóreas da Flora Amazônica, como a andiroba (Carapa guianensis), cumaru (Dipterix odorata) e casca preciosa (Aniba canellila), submetidas a dois ambientes de luz.
METODOLOGIA:
O experimento foi instalado no campus do INPA-V8 (campus III). Plantas jovens de andiroba, cumaru e casca preciosa foram aclimatadas (sombrite) e, em seguida, submetidas a dois tratamentos de luz (pleno sol e sombreado). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, obedecendo a esquema fatorial com três espécies e dois ambientes de luz (10 repetições). As determinações dos teores de clorofila (a e b) e carotenóides Foram feitas de acordo com metodologia descrita por carvalho et al., (2007), das variáveis da fluorescência da clorofila a (razão Fv/Fm e PIABS), utilizando-se um fluorômetro portátil (Handy Pea, Hansatech), no período entre 09:00 e 11:00 horas (Gonçalves et al., 2005),adicionalmente, também foram determinados as variáveis biométricas altura total – (AT) e diâmetro a altura do colo – (DAC).
RESULTADOS:
Os dados da altura total, coletados no período de dois meses (novembro e dezembro) apresentaram diferença estatística para a espécie cumaru e casca preciosa, já o DAC não apresentou diferença estatística. Com relação aos teores de pigmentos cloroplastídicos, não se verificou diferença para as espécies estudadas nos diferentes ambientes de luz. Para as variáveis da fluorescência da clorofila a, verificou-se um declínio gradual conforme foram passando os dias de tratamento. Assim, para os valores de Fv/Fm, verificou-se que, após 15 dias de experimento, a espécies andiroba já mostrava diferença significativa entre os tratamentos. Já a espécie preciosa apresentou diferença após 30 dias, indicando que nestes períodos as espécies já se apresentavam em estado de estresse (Force et al., 2003; Gonçalves et al., 2005;). Quanto ao PIABS, observou-se que as espécies apresentaram comportamento semelhante, ou seja, uma queda gradual com o passar dos dias. Contudo, as diferenças estatísticas entre os ambientes, param as três espécies, foram diferentes em relação aos dias de exposição ao sol, indicando uma dificuldade de aclimatação dessas plantas ao aumento da radiação. 
CONCLUSÃO:

Portanto, o menor desempenho das plantas, em condições de plena luz ou de sombreamento, implicará maior ou menor capacidade competitiva das mesmas em ambiente aberto ou de baixa luminosidade.

Instituição de Fomento: CNPq
Palavras-chave: Florescência da clorofila a, Pigmentos cloroplastídicos, Espécies tropicais.