62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem
CONHECIMENTOS-PROCEDIMENTOS DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE SOBRE DST E HIV/AIDS EM MUNICÍPIOS DO PARÁ
Horácio Pires Medeiros 1
Elizabeth Teixeira 1
Elizabeth Gomes da Rocha 1
Maria Priscila Moraes dos Santos 1
Luanda Castro 1
1. Universidade do Estado do Pará
INTRODUÇÃO:

Diante das atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde, voltadas principalmente às doenças sexualmente transmissíveis, a transferência de informação nas comunidades é um desafio atual e deve tornar-se uma estratégia fundamental no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, desafio este que os agentes comunitários de saúde devem enfrentar como mediadores do processo de transferência de informação e comunicação em saúde às comunidades em que atuam. Para este fim, cabe afirmar que a qualidade da educação em saúde com a comunidade destes agentes está diretamente relacionada à qualidade da educação permanente com eles realizada pelos gestores locais/profissionais de saúde e enfermagem. O agente comunitário é o elo entre as necessidades de saúde da população e o que pode ser feito para melhorar suas condições de vida. É uma ponte entre a população e os profissionais e serviços de saúde. Com vistas a fortalecer o trabalho cotidiano de tais atores sociais em municípios do Pará, realizou-se uma pesquisa com o seguinte objetivo: identificar e analisar os conhecimentos-procedimentos cotidianos de ACS com a comunidade (em relação às doenças sexualmente transmissíveis - DST e o vírus e a síndrome da imunodeficiência adquirida - HIV/Aids).

METODOLOGIA:

Pesquisa de campo, de abordagem quanti- qualitativa, realizada em quatro municípios do Estado do Pará: Benevides, Cametá, Oriximiná e Tucuruí. Produção de dados: a) Pesquisa Bibliográfica sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST) e em especial o vírus e a síndrome da imunodeficiência adquirida (HIV/Aids) com produção de seis tecnologias educativas; b) Pesquisa de Campo por meio de Formulário com 30 questões com 129 ACS de Benevides, 100 de Cametá, 42 de Oriximiná e 95 de Tucuruí (366 ACS). Para a análise dos dados utilizou-se a análise estatística e gráficos para a visualização dos achados; os sujeitos da pesquisa foram ACS com mais de 6 meses de exercício, que aceitaram participar da pesquisa. Os princípios éticos foram observados e seguidos com base na Resolução 196/96. Todos os sujeitos, informados dos objetivos e procedimentos, assinaram um TCLE.

RESULTADOS:

Os conhecimentos revelados em relação as DST e HIV/AIDS indicam que dimensões bio-sócio-culturais devem fundamentar os processos de educação permanente em saúde para qualificar as informações dos ACS, pois há lacunas, desconhecimentos e dúvidas; os procedimentos cotidianos com a comunidade em relação as DST são mais presentes do que em relação ao HIV/AIDS, mas estes últimos já se revelam nas vivências dos ACS, o que suscita maior atenção sobre tais aspectos nos processos de formação desses profissionais.

CONCLUSÃO:

Por fim, o estudo indica um conjunto de temas-conteúdos que poderão subsidiar atividades de educação permanente em saúde com os ACS para potencializar tanto os conhecimentos como os procedimentos que desenvolvem com a comunidade e assim melhorar o serviço na atenção básica de saúde brasileira. E ainda, os ciclos de transmissão-manifestação-tratamento-prevenção das DST devem ser permanentemente trabalhados com os ACS e as dúvidas, desconhecimentos e procedimentos constantemente debatidos. E no caso HIV-AIDS destacam-se os processos formativos que devem esclarecer a diferença entre HIV e AIDS e desse ponto avançar para o estudo dos diferentes modos de transmissão-prevenção.

 

Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; Ministério da Saúde; Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Pará
Palavras-chave: Educação Permanente em Saúde, Doenças Transmissíveis, Agentes Comunitários de Saúde.