62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 3. Fitossanidade
Avaliação do efeito de diferentes doses de cobre, sobre o desenvolvimento do fungo Sclerotium rolfsii Sacc.
David Vitor dos Santos 1
James dos Santos Gomes 1
Edna Peixoto da Rocha Amorim 1, 2
Leonardo da Fonseca Barbosa 1
Tiago Alexandre da Silva 1
Inaura Patricia da Silva Santos 1
1. UFAL
2. Prof. Dr. Lab. de Fitopatologia - CECA
INTRODUÇÃO:

O fungo Sclerotium rolfsii Sacc é um fitopatógeno  altamente agressivo, que causa  danos em diversos hospedeiros, comprometendo a absorção de água e nutrientes e prejudicando o desenvolvimento das plantas, que exibem sintomas reflexos de murcha, podendo morrer rapidamente ou  ter a sua produtividade reduzido. Trata-se de um patógeno de difícil controle. Estratégias como tratamento químico ou biológico das sementes, resistência genética e rotação de culturas auxiliam na redução do inoculo, mas apresentam baixa eficiência. Uma alternativa que vem sendo pesquisada é a utilização de nutrientes que possam melhorar as defesas do hospedeiro ou contribuir para a redução do avanço do patógeno. Assim sendo, este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de diferentes concentrações de sulfato de cobre sobre o desenvolvimento do fungo  Sclerotium rolfsii Sacc, patógeno, responsável por doenças em diversos hospedeiros, conhecidas por podridão do colo, podridão radicular e murcha de Sclerotium.

METODOLOGIA:

O fungo foi repicado para o centro de placas de Petri contendo meio de cultura batata-dextrose-ágar (BDA) suplementado com as diferentes doses de sulfato de cobre: T0- 0g/L; T1-50g/L; T2- 100g/L; T3-150g/L; T4-200g/L. As placas foram incubadas por sete dias à  28°C e fotoperíodo de 12 horas. A avaliação consistiu na determinação do diâmetro médio das colônias, tomado no reverso das placas de Petri para o cálculo da percentagem de inibição do crescimento micelial (PIC). Foram utilizados 5 tratamentos com 4 repetições, dispostos inteiramente casualizados. Os discos correspondentes a cada tratamento, foram retirados das placas e agrupados em uma nova placa de petri, contendo apenas meio BDA, com o objetivo de avaliar o efeito fungitóxico. Em outro experimento, avaliou-se efeito de doses de sulfato de cobre abaixo da dose recomendada na fabricação da calda bordaleza sobre o crescimento micelial de S. rolfsii. Utilizou-se os tratamentos: T0) BDA; T1)  57,5g /L; T2)  70g/L; T3)  82,5g/L; T4) 95,0g /L. No centro de cada placa foi depositado, contendo micélio jovem retirado das bordas de colônias de S. rolfsii. A incubação e a avaliação foram realizadas conforme descrito anteriormente. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 5 tratamentos e 4 repetições.

RESULTADOS:

Os resultados da PIC foram submetidos a analise de variância. Observou-se  que todos os tratamentos foram capazes de inibir em 100% o crescimento micelial de S. rolfsii, diferindo da testemunha. Quanto ao efeito fungitóxico, o tratamento T1(50g/L) demonstrou efeito fungistático, enquanto o tratamento T2 (100g/L) e T4(200g/L) apresentaram efeito fungicida. As doses de sulfato de cobre abaixo da dose recomendada na fabricação da calda bordaleza não apresentaram diferenças significativas, quanto ao PIC, pois todas as concentrações inibiram, com eficiência de 100%, o crescimento micelial do fungo S. rolfsii.

CONCLUSÃO:

O cobre inibiu o crescimento micelial do fungo Sclerotium rolfsii a partir de doses 50% inferiores à recomendada na formulação da calda bordaleza.

 

 

Instituição de Fomento: UFAL
Palavras-chave: Controle de fungo, Sulfato de cobre, Efeito fungitoxico.