62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua)
O SISTEMA SOLAR NA SALA DE AULA: UMA EXPERIÊNCIA COM FORMAÇÃO DE FORMADORES PARA O ENSINO DE ASTRONOMIA
Emerson Izidoro dos Santos 1, 2, 4
Rui Manoel de Bastos Vieira 3
Luís Paulo Piassi 3, 4
1. Estação Ciência - USP
2. Programa de Pós-graduação em Educação para a Ciência - FC/Unesp - Bauru
3. Programa de pós-graduação Interunidades IFUSP/FEUSP
4. Escola de Artes, Ciências e unanidades da USP
INTRODUÇÃO:
Em 2009 iniciamos, como um projeto conjunto da Escola de Artes, Ciências e Humanidades e da Estação Ciência, ambas pertencentes à Universidade de São Paulo, um curso de Especialização em Ensino de Astronomia para professores da escola básica. Esse curso, com duração prevista de dois anos tem por objetivo capacitar os participantes a serem formadores de outros professores da área de ciências interessados em ensino de astronomia. Paralelamente, no segundo semestre de 2009, oferecemos um curso de extensão de curta duração voltado a professores do ensino fundamental abordando conteúdos ligados ao estudo do sistema solar. Esse curso, denominado "O Sistema Solar na Sala de Aula" serviu de laboratório para a aplicação de atividades desenvolvidas pelos professores participantes do curso de especialização. Nesse trabalho apresentamos alguns resultados dessa experiência.
METODOLOGIA:
Os participantes do curso de especialização tinham, como uma das atividades de avaliação do primeiro semestre de curso que desenvolver, em pequenos grupos, algumas atividades didáticas sobre os conteúdos abordados nas aulas. Avaliadas as atividades dos grupos foi proposto que cada grupo elegesse uma atividade para ser aplicada para os professores do curso "O Sistema Solar na Sala de Aula" sob supervisão dos docentes responsáveis pelo curso. Essas atividades foram então repensadas com vistas ao novo público a que seriam destinadas e a aplicação foi acompanhada e registrada em vídeo pela equipe da universidade responsável pelos cursos para uma posterior avaliação junto ao grupo de professores do curso de especialização.
RESULTADOS:
A experiência de trabalhar com a formação de outros professores, foi importante para os futuros especialistas na medida em que os levou a planejar e executar tarefas além da sua prática comum da sala de aula. Essa foi, na opinião deles uma contribuição importante para sua formação como formadores. Também o fato de precisar reelaborar as atividades, inicialmente pensadas para a aplicação com alunos do ensino fundamental ou médio, propiciou a possibilidade tanto de aprofundar a discussão dos conceitos como de explicitar as intenções didáticas associadas aos trabalhos. A posterior discussão de cada uma das aulas no curso de especialização também se configurou como uma nova possibilidade de aprendizagem para os participantes, uma vez que puderam trocar ideias sobre todas etapas, da elaboração à aplicação, de uma ação de formação continuada para professores de ciências.
CONCLUSÃO:
O processo de formação de formadores para o ensino de ciências é algo dinâmico e que envolve competências que vão além dos conhecimentos teóricos sobre os conteúdos. A prática da atividade de formação continuada, bem como a reflexão coletiva sobre essa prática traz para esses professores a possibilidade de um novo olhar sobre objetivos do ensino de ciências na escola básica, especificamente quantos aos conteúdos de astronomia.
Instituição de Fomento: Estação Ciência - USP
Palavras-chave: ensino de astronomia, formação de professores, ensino de ciências.