62ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 18. Educação |
UM ESTUDO DE CASO NA BAIXADA CUIABANA: A PEDAGOGIA DA AUTONOMIA E A ECONOMIA SOLIDARIA |
Luciane Rocha Ferreira 1 Luiz Augusto Passos 1 |
1. Depto de Teorias e Fundamentos da /Programa de Pós Graduação em Educação (PPGE) |
INTRODUÇÃO: |
Em meados de 2003 discussões sobre a Economia Solidária foram inseridas nas discussões dos Movimentos Sociais |
METODOLOGIA: |
A metodologia utilizada é qualitativa fenomenológica (GEERTZ, 1989) utilizando-se como instrumento as Histórias de Vida e a Etnografia Geertziana. Foi estabelecido ainda um diálogo com a Educação Libertadora de Paulo Freire (FREIRE, 2005) e com Brandão (1990). Foram compilados dados referentes à população e ao arquivo de Pesquisa da ECOSOL. Também foram entrevistados membros da população envolvidos por representatividade, através da aplicação de um questionário semi-dirigido acerca das formas organizacionais e sociais. Verificou-se com os atores o caráter diferenciado das opções educacionais em curso e as mudanças que têm ocorrido, especialmente em relação à autonomia das mulheres, à emancipação econômica e às novas relações estabelecidas entre os atores e suas comunidades. Estes dados foram inseridos em um banco de dados, para que possam ser utilizados em futuros diagnósticos e interpretações. A relatoria de determinados encontros de formação foram realizadas e estão sendo utilizadas como ponto de pesquisa e reflexão para basear a interpretação das informações obtidas através das entrevistas, além de servirem como subsídios relevantes a cerca das dimensões científicas alcançadas através dela. |
RESULTADOS: |
Economia Solidária caracteriza-se como "o conjunto de atividades econômicas - de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito - organizadas e realizadas solidariamente por trabalhadoras e trabalhadores sob a forma coletiva e autogestionária" (SIES). Também é entendida como uma estratégia de enfrentamento aos processos de exclusão social e da precarização do trabalho que acompanham o desenvolvimento do capitalismo nos últimos dois séculos e conseqüentemente o empobrecimento |
CONCLUSÃO: |
Vislumbra-se neste processo uma possibilidade real de construção coletiva de superação ao que está posto. As bases de uma formação que privilegia o ser humano em detrimento ao consumismo desenfreado, ao individualismo e ao competitivismo selvagem, podem colaborar efetivamente para com o processo da construção da autonomia histórica, social, cultural, política e econômica destas comunidades. O comprometimento assumido pelas comunidades e parceiros envolvidos anima a aproximação de outras comunidades e municípios vizinhos. Está contagiando, envolvendo e trazendo de volta a esperança de uma vida digna, fraterna e solidaria à mulheres e homens que estavam desacreditados. A autonomia neste contexto é algo a ser praticado em cada etapa deste processo, e em todos os momentos da vida. Não é uma empreitada fácil, não é natural. É vivência e aprendizagem, sendo assim, e levando-se em conta que não é estimulada em nenhum espaço especifico ou mesmo discutida pelos aparelhos ideológicos disponíveis, é de se ter a clareza de que dependerá do interesse e esforço tanto individual quanto coletivo. A proposta político-pedagógica desta proposta contra hegemônica é justamente respaldada na educação popular, se faz no processo; se faz, fazendo juntos. |
Instituição de Fomento: FAPEMAT |
Palavras-chave: Autonomia, Construção, Economia solidária . |