62ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo |
COMPONENTES DE PRODUÇÃO DO FEIJÃO-CAUPI EM FUNÇÃO DE DOSES DE POTÁSSIO E SISTEMAS DE MANEJO DO SOLO |
Vicente Filho Alves Silva 1 Jessivaldo Rodrigues Galvão 1 Nilvan Carvalho Melo 1 Rafael Silva Guedes 1 Hellen Síglia Demétrio Barros 1 Erika Kzan da Silva 2 |
1. Inst. de Ciências Agrárias (ICA), Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA 2. Laboratório de Húmus e Ecologia Química - UFRA |
INTRODUÇÃO: |
O feijão caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) é uma cultura importante ás populações das regiões Norte e Nordeste do Brasil, principalmente por se constituir na principal fonte protéica de origem vegetal (Andrade Junior et al., 2002). A tendência atual é o incremento do uso de alta tecnologia na cultura, com a mecanização de todas as etapas do cultivo. Desse modo, além da produtividade e da qualidade, é imprescindível o melhoramento das características relacionadas à arquitetura da planta, com vistas à obtenção de plantas eretas que possibilitem a colheita mecanizada (Matos Filho et al., 2009). A obtenção de altos rendimentos de caupi se faz necessária a utilização de sementes de qualidade, e o fornecimento de uma adubação química e orgânica equilibrada (MAIA et al., 1986; OLIVEIRA et al., 2001). O potássio é um nutriente que possui inúmeras funções na planta, destacando-se, principalmente, pela ativação de vários sistemas enzimáticos, muitos deles participantes dos processos de fotossíntese e respiração (Ernani et al., 2007). Objetivou-se, com este trabalho, avaliar o efeito da adubação potássica sobre o rendimento produtivo do feijão-caupi, utilizando dois sistemas de manejo. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi conduzido em área experimental do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) - UFRA, em Latossolo Amarelo. O estudo foi realizado em seqüência de um experimento conduzido anteriormente, com sorgo avaliando-se dois sistemas de manejo e quatro doses de potássio. Implantou-se feijão-caupi após a incorporação dos restos da cultura do sorgo, feitos pós-colheita, utilizando os resíduos da adubação anterior. Para o plantio convencional o solo foi mobilizado utilizando-se grade-aradora e concomitantemente incorporaram-se |
RESULTADOS: |
Houve resposta significativa para número de vagens por planta (P < 0,05) em relação às doses de K2O e tipos de manejo. Não ocorrendo significância para peso de 100 grãos e número de plantas por parcela. As maiores quantidades de vagens por planta (43,75) e (45,38) foram obtidas, respectivamente com 50 e 300 kg ha-1 de K2O. Esses resultados contradizem Melo et al. (2005), quando afirmaram que raramente o feijão caupi responde à adubação potássica. Oliveira et al. (2003) encontraram produtividades máximas estimadas de 11; 9,3 e 3,6 t ha-1 de vagens, com aplicação de 68 kg ha-1 de KCl, evidenciando uma boa produção nas condições de Areia-PB. Com relação ao sistema de plantio direto e o convencional observou-se diferença significativa entre as doses aplicadas. Constatando a maior produção de vagens (50,5) na dosagem 300 kg ha-1 de KCl no plantio direto. Segundo Melo et al., 2005, a quantidade de potássio considerada crítica para o desenvolvimento normal do feijão caupi está entre 20 e 40 kg ha-1. Portanto, as altas doses de K2O necessárias nessa pesquisa para proporcionar produtividades máximas, possivelmente, estejam relacionadas à eficiência das leguminosas em absorver, em condições favoráveis, quantidades significativas de potássio (ROSOLEM, 1996). |
CONCLUSÃO: |
O plantio direto apresentou as maiores respostas à adubação potássica, quando comparado ao plantio convencional. E as doses de potássio influenciaram significativamente no desenvolvimento do caupi. |
Instituição de Fomento: Programa de Educação Tutorial - PET- Agronomia/UFRA/SESu/MEC |
Palavras-chave: Vigna unguiculata, Fertilização potássica, Manejo do solo. |