A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é uma enfermidade infecciosa generalizada crônica, considerada uma doença com formas clínicas diversas, podendo ocorrer desde casos de cura espontânea até manifestações clínicas severas. No Brasil, a espécie representante deste complexo é Leishmania chagasi, sua transmissão é feita através da picada da fêmea de Lutzomya longipalpis. A leishmaniose visceral é uma doença caracteristicamente rural e associada a condições precárias de vida. Encontra no espaço urbano ambiente favorável para se estabelecer e desenvolver. A leishmaniose visceral é própria das regiões tropicais e subtropicais Focos conhecidos estão localizados nas regiões semi-áridas, que ocupam a maior parte do Nordeste, e parte do sudeste do Brasil. No nordeste ocorre transmissão em áreas relativamente úmidas margeando os rios. A escassez de recursos e a atual falta de infra-estrutura dos serviços de saúde, especialmente no que concerne ao diagnóstico da infecção por Leishmania chagasi, na população canina e humana, tornam as atuais medidas de controle pouco factíveis. Este trabalho teve como objetivo descrever uma investigação epidemiológica da presença de leishmaniose visceral no município de Mãe d'Água no período de 2005 a 2009.

A pesquisa foi realizada na Unidade de Saúde da Família - PSF I, com o propósito de analisar casos de Leishmaniose Visceral presentes neste município.

Visto que esse município dispõe de serviços preventivos e controle de doenças de notificações compulsórias, com realização de palestras, ações educativas, visitas domiciliares, informes e orientações sobre essas doenças, observou-se apenas um caso da doença desde o ano de 2005 até o corrente ano. A família acometida pela doença residia em área de risco, tornando assim o paciente mais vulnerável a adquirir a enfermidade através do contato direto. Na época de contágio este tinha só onze meses de vida e demorou quatro meses para descobrir a doença, após o aparecimento dos seguintes sintomas: Febre alta frequente, emagrecimento, diarréia, aumento do baço, aumento do fígado, queda de cabelo, aumento dos cílios, cianose, unhas crescidas e outros.

A criança foi tratada no município de referência (João Pessoa - PB) e logo em seguida foi coletado o sangue do animal para tomar as providências necessárias. Notificou-se que vizinho a casa do paciente haviam sacrificado um cachorro que provavelmente estava infectado. A partir disso, a vigilância ambiental investigou o sítio onde residia o paciente, e examinou todos os cachorros, com a conduta de sacrificar os positivos para Leishmaniose.