62ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 18. Educação |
SOMOS NÓS QUE FAZEMOS A VIDA: O PAPEL DA UNIVERSIDADE NA CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DE PAZ |
Edileuza de Lima Bezerra 1 Rosa Maria Farias Tenório 2 Waldênia Leão de Carvalho 3 |
1. Departamento de Educação - UPE/Campus Garanhuns 2. Departamento de História - UPE/Campus Garanhuns 3. Departamento de Educação - UPE/Campus Garanhuns |
INTRODUÇÃO: |
Diante dos múltiplos desafios do mundo moderno a educação surge como um trunfo indispensável à humanidade na construção de uma sociedade com ideais de paz, de liberdade e de justiça social. Podemos dizer que essa construção abrange três eixos: paz interior (capacidade de cuidar bem de si mesmo), paz social (capacidade de cuidar bem dos outros) e paz ambiental (capacidade de cuidar bem do ambiente em que se vive). É certo que há muitos outros elementos que ajudam na construção dessa sociedade, mas tudo nos leva a dar um novo valor à dimensão ética e cultural da educação e, deste modo, a dar efetivamente a cada um, os meios de compreender o outro, na sua especificidade, e de compreender o mundo na sua caminhada caótica para certa unidade. Mas, antes é preciso começar por conhecer a si mesmo, fortalecer-se com os conhecimentos e saberes historicamente construídos e acreditar que o trabalho coletivo pode ser instrumento para uma transformação das condições desiguais de vida. A proposta de uma sociedade educativa põe em evidência o potencial de cada sujeito em aprender e fazer da sua aprendizagem elemento de ação e transformação das condições de vida. Nesse contexto, a universidade tem uma parcela significativa de responsabilidade e de potencial para o trabalho com a sociedade.
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METODOLOGIA: |
O trabalho foi realizado a partir de três momentos. No primeiro, articulação com as lideranças comunitárias para acesso aos jovens. No segundo, entrevista com 30 famílias que representam 10% da população local (comunidade Dom Thiago Postman) no intuito de apreender informações históricas, sociais e culturais do grupo que lá reside. Esse mapeamento foi fundamental para a organização do trabalho pedagógico. Analisamos o modo de vida dos moradores, a comunidade, os efeitos da pobreza, da dependência, da violência e da opressão sobre a subjetividade das pessoas materializada nas relações da vida cotidiana. Com a análise minuciosa do diagnóstico escolhemos os temas a serem abordados nas oficinas. No terceiro momento, trabalhamos com situações-problemas, textos com problemática, dilemas morais, textos reflexivos, produção e interpretação com registro. Priorizamos o trabalho com fatos vividos ou conhecidos objetivando sensibilizar o público com reflexão, construção coletiva, análise da realidade, intercâmbio de experiências, socializações da palavra. Para cada um desses momentos foram escolhidas estratégias adequadas de acordo com o tema |
RESULTADOS: |
Os resultados do trabalho mostraram que os adolescentes, moradores da comunidade, resistem em participar das atividades |
CONCLUSÃO: |
Com base nos resultados do estudo, concluímos que a ação pedagógica sobre os jovens dentro da própria comunidade abre espaço para que todos repensem as condições que envolvem sua vida. Mesmo que a formulação e execução de políticas públicas voltadas à juventude sejam prioritárias para a transformação dos jovens, as instituições de ensino precisam atuar junto às comunidades principalmente aquelas no entorno de seus muros. A universidade e os centros de produção do conhecimento devem fortalecer a inseparabilidade da pesquisa, do ensino e da extensão de modo a realizar sua missão social e preparar seus futuros profissionais, os estudantes, para um trabalho de intervenção social com base no trabalho acadêmico. |
Palavras-chave: Formação, Direitos Humanos, Juventude. |