A sucupira-preta (Bowdichia virgilioides Kunth.) é uma espécie arbórea nativa do cerrado, ocorre no campo sujo, o qual predomina o estrato herbáceo e em formações florestais, como o cerradão. É muito utilizada para o paisagismo, pela arquitetura e bela floração, como também, para a recuperação de áreas degradadas, sendo sua madeira de ampla utilização na marcenaria e construção civil. Apesar da sua importância econômica, a sucupira-preta possui limitações quanto ao processo de formação de mudas, devido à ocorrência de dormência tegumentar, dificultando a germinação das sementes. Os substratos utilizados nos testes apresentam grande influência na germinação, uma vez que fatores como estrutura, aeração, capacidade de retenção de água e grau de infestação de patógenos, podem variar de acordo com o tipo de material utilizado. A sua escolha deve ser feita em função das exigências das sementes, em relação ao seu tamanho e formato. O presente trabalho teve como objetivo principal avaliar e definir o tipo de substrato mais adequado para o estabelecimento da espécie, entre os três tratamentos testados.

O experimento foi conduzido no laboratório de Sementes Florestais do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT. As sementes foram coletadas na região de Cuiabá-MT, logo após o seu processo de maturação. Depois de beneficiadas, foram iniciados os testes de germinação e procurou-se estudar a influência de diferentes substratos. Foram utilizados: areia (T1), vermiculita (T2) e plantmax (T3), dispostos em blocos ao acaso, com 4 (quatro) repetições de 20 (vinte) sementes. As diferenças entre os tratamentos foram avaliadas através da análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, analisou-se os parâmetros de germinação (%) e índice de velocidade de germinação (IVG), sendo consideradas germinadas as sementes que obtiveram a protusão do embrião.

Através da análise de variância, constatou-se que houve diferença estatística significativa entre os tratamentos. Observou-se que os tratamentos T2 e T1 apresentaram os melhores resultados, não diferindo entre si pelo teste de Tukey. Em relação à porcentagem de germinação, os tratamentos T2, T1 e T3 apresentaram taxa de 92,5%, 83,75% e 72,5% e o IVG médio de 2,05, 2,06 e 1,66, respectivamente.

De modo geral, para os três substratos analisados, o tratamento com substrato T2 (Vermiculita) foi o que proporcionou a obtenção dos resultados mais eficientes em percentuais de germinação e IVG.