Os medicamentos anti-hipertensivos são utilizados para o tratamento da hipertensão arterial. A escolha de uma terapia eficaz e segura é essencial devido aos riscos relacionados à exposição contínua a níveis tensionais elevados. Assim, esta pesquisa procurou identificar as estratégias empregadas no tratamento da hipertensão arterial e avaliar a sua eficácia, principais interações e reações adversas.

Trata-se de um estudo descritivo e exploratório realizado através de uma abordagem transversal em pacientes hipertensos internados na clínica geral de um hospital filantrópico. Utilizou-se um formulário farmacoterapêutico contendo dados clínico-pessoais, medicação e as queixas dos pacientes.

Dos 46 pacientes hipertensos, a maioria foi do gênero masculino (58,7%) com idade média de 63,65 anos. A estratégia mais empregada foi a associação entre anti-hipertensivos (52,2%). Apenas 36,2% estavam com a média acima de 140/90mmHg. Não houve diferença significativa (p=0,58) entre o controle dos níveis pressóricos e a estratégia empregada; algumas terapias anti-hipertensivas foram prescritas inadequadamente, considerando a dosagem recomendada. Cerca de 60% dos pacientes (n=29) sofreram, pelo menos, uma interação medicamentosa entre anti-hipertensivos e fármacos co-administrados. A interação mais freqüente foi entre o captopril e a dipirona (15,9%). Reações adversas mais relatadas foram cefaléia, tontura e mal-estar.

Estudos sobre efetividade/segurança do tratamento anti-hipertensivo contribuiriam a novos perfis farmacoterapêuticos, melhorando a resposta da pressão arterial, procurando diminuir a morbimortalidade pela hipertensão.