62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
INFLUÊNCIA DA INTERVENÇÃO CINESIOTERAPÊUTICA NA QUALIDADE DO SONO EM GESTANTES
Heloise Fernandes Martins 1
Dayse Aleixo Bezerra 1
Vanessa Patrícia Soares de Souza 1
Lílian Lira Lisboa Fagundes Galvão 1
Paula Pinheiro Ventura 1
Elizabel de Souza Ramalho Viana 1
1. Departamento de Fisioterapia , Universidade Federal do Rio Grande do Norte -UFRN
INTRODUÇÃO:
A gravidez é um período de mudanças para a mulher, tanto fisiológicas, quanto físicas e endocrinológicas. Observam-se ainda, neste período, alterações na fisiologia do sono da gestante em uma proporção maior de distúrbios do que o esperado para a população geral, sendo os mais freqüentes: insônia, despertares específicos e sonolência diurna de moderada a intensa.
METODOLOGIA:
O presente estudo foi realizado com gestantes participantes do Curso de Gestantes do Departamento de Fisioterapia - UFRN. A amostra constituiu-se de 26 gestantes, entre a 12° e a 32° semana de gestação. As participantes submeteram-se a exercícios pré-natais (10 encontros), juntamente com aulas educativas e orientações para gestação, parto e pós-parto. Ao início e ao final dos encontros, as gestantes foram avaliadas quanto à qualidade de sono, através do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP).
RESULTADOS:
A média de idade das gestantes foi de 28,36 (± 5,74), sendo a média da idade gestacional 22,91 semanas (± 6,70). A média do IQSP da amostra foi de 5,92 (±2,87) na avaliação inicial (AI) e de 4,88(±1,95) na avaliação final (AF). Para o componente 1 do IQSP (qualidade subjetiva de sono), a média na AI foi de 1,19(± 0,89), passando para 0,88 (± 0,65) na AF. Para o componente 2 (latência de sono), a média passou de 1,38 (± 1,06) na AI para 1,11 (± 0,82) na AF. Com relação ao componente 3 (duração do sono), a média na AI foi de 0,35 (± 0,84), enquanto, na AF, diminuiu para 0,1 (± 0,33). Para o componente 4 (eficiência habitual do sono), a média passou de 0,11 (± 0,43), na AI, para 0, na AF. Quanto ao componente 5 (distúrbios do sono), na AI a média obtida foi de 1,65(±0,56), aumentando para 1,81 (± 0,57) na AF. O componente 6 (uso de medicação permanente), obteve média 0 na AI e 0,15 (±0,61) na AF. Finalmente, o componente 7 (disfunção diurna), obteve média de 1,23 (± 0,71) na AV e 0,81 (± 0,49) na AF.
CONCLUSÃO:
A qualidade do sono demonstra ser fator importante a ser considerado na avaliação e tratamento de grávidas, pois interfere com as AVDs e a qualidade de vida. Os resultados obtidos neste estudo apontam para uma qualidade do sono pobre nas gestantes em geral. Após a intervenção fisioterapêutica, observou-se melhora nos itens avaliados, sugerindo um influência positiva da cinesioterapia sobre as alterações do sono em gestantes.
Palavras-chave: Gestantes, Distúrbios do sono, Cinesioterapia.