62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 3. Técnicas e Operações Florestais
RESÍDUO MINERAL EM MADEIRA DE JUREMA PRETA E JUAZEIRO
Thiago Maurício de Moraes 1
Lindomar Maria de Souza 2
Tágory Clementino do Nascimento 3
Kisy Maria da Silva 3
Egídio Bezerra Neto 2
1. Depto. de Ciência Florestal, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
2. Depto. de Química - UFRPE
3. Depto. de Ciência Florestal - UFRPE
INTRODUÇÃO:
Estudos mostram que a combustão direta da madeira é o processo mais simples e econômico de se obter energia (Earl, 1975 citado por Cunha et. al, 1989). O rendimento energético de um processo de combustão da madeira depende de sua constituição química, que varia com a espécie vegetal e é de grande importância para a escolha adequada da madeira a ser utilizada (Quirino, 2005). A jurema-preta (Mimosa tenuiflora) é uma representante da família Mimosaceae, típica de regiões semi-áridas do Brasil, atingindo de 5 e 7 metros de altura. Em habitat natural a jurema preta tem sido explorada tanto pelo seu potencial forrageiro na alimentação de pequenos ruminantes como também para atender a produção de estacas e lenha, ganhando destaque entre o elenco de espécies da caatinga que possuem grande potencial energético. O Juazeiro (Ziziphus joazero) assim como a jurema-preta é uma espécie largamente distribuída em todo nordeste, com porte arbóreo entre 5 a 10 metros de altura (Lorenzi,2000), sendo utilizada como madeira para marcenaria e construções rurais, devido a sua durabilidade e resistência, sendo ainda usada para produção de moirões, lenha e carvão. O objetivo deste trabalho é avaliar os teores de umidade e cinzas no lenho de jurema e juazeiro.
METODOLOGIA:
A pesquisa constou das determinações químicas do teor de resíduo mineral no lenho da jurema preta e juazeiro, cujas análises foram realizadas no Laboratório de Bioquímica Vegetal da UFRPE (Recife-PE). As amostras de madeira de cada espécie foram coletadas no produto residual de poda urbana da cidade de Recife, selecionando-se um indivíduo adulto de cada espécie. Logo após a coleta, o material foi trazido para o laboratório e cortado em fragmentos com cerca de dois centímetros de comprimento por um milímetro de espessura. Em seguida procedeu-se uma pré-secagem em estufa de aeração forçada a 65 ºC, por 48 horas. Após a pré-secagem, o material foi triturado em moinho de facas e mantido em recipiente de vidro, hermeticamente fechado, para posteriores análises. Nas amostras pré-secas procedeu-se a determinação do resíduo mineral, através da incineração total da amostra, em mufla regulada 575±25 ºC por 4 horas (Bezerra Neto e Barreto, 2004). As análises foram realizadas com cinco repetições, objetivando o cálculo da média e desvio padrão.
RESULTADOS:
O teor de resíduo mineral na jurema preta e no juazeiro foi de 1,97±0,10 e 2,07±0,21 % respectivamente. Tais valores não diferem significativamente e encontram-se dentro da faixa esperada para madeiras tropicais. Diversos fatores afetam o conteúdo de resíduo mineral da madeira. Em geral as madeiras de plantas oriundas de regiões temperadas apresentam de 0,2 a 0,9 % de resíduo mineral, enquanto que as madeiras de plantas oriundas de regiões tropicais contêm de 1,0 a 5,0 % de resíduo mineral (Brito e Barrichelo,1982).
CONCLUSÃO:
O teor de resíduo mineral no lenho da jurema preta e juazeiro não diferiram significativamente.
Palavras-chave: Resíduo mineral, Mimosa tenuiflora , Ziziphus joazero.