62ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 1. Epidemiologia |
Prevalência de dengue no Estado do Maranhão no período de 2004 a 2008. |
Rayanne Luiza Tajra Mualem Araújo 1 André Luis Braga Costa 1 Marina Apolônio de Barros 1 Ricardo Clayton Silva Jansen 1 Erika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz 2 |
1. Departamento de Enfermagem - Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 2. Departamento de Saúde Pública - Universidade Federal do Maranhão (UFMA) |
INTRODUÇÃO: |
Mais de 2,5 bilhões de pessoas estão expostas ao risco de contrair dengue nas áreas urbanas, periurbanas e rurais dos trópicos e subtrópicos. O Brasil, segundo o departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, é o 13º país com maior incidência da doença no mundo, podendo estar associada ao desequilíbrio ambiental. O Brasil desmatou, no período de |
METODOLOGIA: |
Trata-se de um estudo observacional do tipo ecológico. A coleta de dados realizou-se na Vigilância Epidemiológica do Estado do Maranhão, a partir dos casos notificados da doença, sendo complementada com pesquisas realizadas nos sites do Ministério da Saúde e da Biblioteca Virtual da Saúde. As variáveis sexo, estação do ano, cor da pele e forma clínica foram coletadas. Efetuou-se analise descritiva dos dados, comparando as taxas de cada ano em relação às variáveis já citadas. |
RESULTADOS: |
Observou-se uma oscilação no número de casos do dengue no Maranhão (44076), sendo que em 2004, registrou-se menor incidência (7,54%) e em 2007, maior incidência (35,87%). A forma clínica que mais atingiu a população nesse período foi o dengue clássico (52,79%). Observou-se o maior número de casos no período chuvoso, que corresponde ao 1ª semestre (n=35189; 79,83%), podendo ser relacionado ao ciclo de reprodução do mosquito, pois a época chuvosa é a mais propícia para a eclosão dos ovos. Durante os cinco anos não houve diferenças em relação ao sexo e houve predomínio dos casos nos indivíduos de cor parda (59,41%), que representam a grande maioria da população do Estado. Devido à grande miscigenação dessa população e ao critério auto-referido adotado na classificação da cor, portanto suscetível a influências culturais e subjetividade, torna-se difícil discutir as prováveis razões das diferenças na incidência em relação à cor. |
CONCLUSÃO: |
Conclui-se que a incidência de dengue no Estado é alta, que está associada ao período chuvoso e é mais prevalente em indivíduos pardos. Recomenda-se a adoção de estratégias de educação em saúde, controle de vetores e preservação ambiental objetivando a redução do agravo. |
Palavras-chave: Dengue, Desmatamento, Maranhão. |